Nesta Semana Santa, a semana maior para nós católicos, temos oportunidade de participar ao máximo de todas as celebrações, algumas que são complementares e não obrigatórias.
Paróquias e comunidades estão abertas ao longo da semana para ouvir a confissão dos fiéis, abrindo a possibilidade para que possam rezar e se aproximar mais do Senhor, e celebrando a noite preparando os momentos litúrgicos propostos para essa semana.
Chegando ao fim deste período da Quaresma, e normalmente é celebrado o “Ofício de Trevas”, tradição vinda desde a Igreja medieval, relembrando que a escuridão descerá sobre a Terra com a morte de Cristo, Luz do Mundo.
É uma celebração que acontece, geralmente, nas noites da Quarta, Quinta ou Sexta-feira Santa. Durante a celebração, se apagam velas pouco a pouco, até que a igreja fique completamente escura. Essa escuridão simboliza o abandono de Jesus e o luto da Igreja diante de sua morte. Além disso, neste rito são inclusas leituras, cânticos e orações em memória da traição de Judas e da prisão de Jesus.
No Santo Evangelho, a hora decisiva de Jesus está se aproximando, mas mesmo assim Ele continua junto aos discípulos, oferecendo Seu amor de forma gratuita. Mas o coração de Judas já está voltado para outros interesses, e por trinta moedas de prata decide entregar Jesus aos sumo-sacerdotes.
“Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi encontrar-se com os sumos sacerdotes e lhes disse: 'Que me dareis, se eu vos entregar Jesus?' Eles lhe pagaram trinta moedas de prata. E, desde aquela hora, procurava uma boa ocasião para entregá-lo” (Mt 14,26)

É uma celebração obrigatória?
Não. O Ofício de Trevas não faz parte das celebrações obrigatórias da Igreja. Cada paróquia escolhe se deseja ou não realizá-lo. O que é essencial, e deve ser vivido por todos os fiéis, são as celebrações que compõem o Tríduo Pascal:

Por que a Igreja celebra este acontecimento?
A lembrança da traição do discípulo nos convence que todos nós podemos um dia nos comportar como Judas. Assim, peçamos para Deus para que, da nossa parte, não haja traições, nem distanciamentos, nem abandonos.
Quando uma tentação ameaça nos jogar para o chão, precisamos refletir que não vale a pena trocar a felicidade dos filhos de Deus, que é nossa identidade, por um prazer que logo acaba e deixa o gosto amargo da derrota e da infidelidade.
Padre Diego Antônio da Silva, C.Ss.R. explicou que Judas não soube responder ao chamado de Jesus e, por pequenas infidelidades, traiu e entregou o Senhor.
“Trinta moedas de prata! Este foi o valor da vida de Jesus. Quanto vale uma vida humana? Muitas vezes vendemos por muito menos, através de nossas infidelidades do dia a dia. Será que estamos abrindo nosso coração para caminhar com Jesus? Nesse tempo santo, queremos pedir ao Senhor Jesus que cure as infidelidades do nosso coração, nossas humanidades rebeldes e nos ajude a caminhar tomando a nossa Cruz e seguindo o Mestre!”.
Por que Judas chegou a esse ponto?
Evangelistas sugerem apenas a ganância e estas pequenas infidelidades como motivo para a traição. Judas foi escolhido por Jesus para administrar os bens do grupo dos apóstolos, mas usando mal sua liberdade, não soube corresponder à graça de Deus.
Que nesta Semana Maior possamos nos reconciliar com Deus e, se estamos praticando tais infidelidades, pedir a misericórdia infinita do Pai, que sempre está disposto a nos conceder.
Também peçamos a intercessão de Nossa Senhora para que realmente estejamos com o coração contrito e decidido em sempre estar na graça de Deus, e no Coração de Jesus, que perdoou Pedro após as negações e que também perdoaria a um Judas arrependido.
Padre Diego esclarece a diferença entre os Judas na história da Igreja
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