Por Redação A12 Em Espiritualidade

Sustentar as mãos orantes

Na defesa do povo judeu contra os Amalecitas que o atacavam, Moisés se colocou como um intercessor diante de Deus, com Quem ele contava para salvar seu povo. Enquanto segurava as mãos levantadas em súplica, seus combatentes venciam. Quando ele se cansava e suas mãos caiam, seu povo perdia a batalha. Por isso, seus ajudantes, Aarão e Ur, puseram pedra para ele se sentar e seguravam suas mãos levantadas. Dessa forma, os inimigos foram derrotados (Cf. Êxodo 17,8-13).

A força da oração se mostra eficaz na constância da mesma, à semelhança da viúva que insistiu com o juiz para fazer o julgamento de sua causa. De tanto ela insistir houve o pronunciamento do homem da lei (Cf. Lucas 18,1-8). Jesus ensina justamente a necessidade da oração perseverante. Mas é preciso que haja união das pessoas nas causas de interesse e benefício comuns. O mútuo apoio e a perseverança no empenho para a superação de muitos males na sociedade são o segredo para a solução de inúmeros problemas pessoais e sociais. Sustentar a mão de lideranças do bem para o serviço ao bem comum é uma exigência de toda a pessoa de ética, altivez de caráter e ideal de promoção da vida e da dignidade humana. Há tantas iniciativas de pessoas, grupos e organizações que merecem a adesão de favorecimento de todos. Até ações governamentais teriam mais êxito se apoiassem entidades sérias com prestação de serviço importante à comunidade. O dinheiro da coisa pública é vertido pelo povo, que precisa beneficiar-se do fruto de seus impostos pagos. Serviços de bem comum deveriam ser melhor olhados e ajudados por políticos que foram eleitos justamente para servirem o público, com especial atenção a quem mais necessita. Há dinheiro para muita coisa não necessária e, muitas vezes, roubado, e não há até para necessidades básicas, como serviço de água, esgoto, atendimento da saúde, da boa educação, da constituição e sustentação da família...

 

"Deus não deixa de atender as súplicas de quem solicita confiante e faz a própria parte para cooperar com a ação dele".

Deus não deixa de atender as súplicas de quem solicita confiante e faz a própria parte para cooperar com a ação dele, colocando seus talentos para o serviço ao bem do semelhante. Precisamos valorizar mais a formação religiosa com incentivo a cursos de formação de professores na área da educação religiosa, para melhor formarmos o caráter da juventude com valores da ética, da moral e da adequada cidadania. O apóstolo Paulo fala da Palavra de Deus “útil para corrigir e para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda boa obra” (2 Timóteo 3,16-17). A formação religiosa não é um simples fator de frear a liberdade, mas de dar força à pessoa para ela não ficar escrava de si e do egoísmo, promovendo a justiça e a fraternidade.

Precisamos todos de sustentar as mãos orantes e de quem lidera pessoas e grupos para o trabalho ao bem comum, contanto com a força divina! O Salmo 120 lembra que “O Senhor te guardará de todo o mal, ele mesmo vai cuidar da tua vida”.

 

 

Dom José Alberto Moura, CSS

Arcebispo Metropolitano de Montes Claros

 

 

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