Continuamos com a série em celebração dos 1700 anos do Concílio de Niceia (325), na qual iremos percorrer o Credo Niceno, verdadeiro compêndio da fé cristã.
Ao proclamar: “Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai”, a profissão de fé afirma a divindade de Jesus Cristo.
Essas expressões nascidas de um contexto em que a identidade do Filho de Deus estava sendo colocada em dúvida por algumas correntes, como o arianismo.
O Concílio de Niceia utilizou uma linguagem clara para afirmar que o Filho é Deus verdadeiro, da mesma substância (consubstancial) que o Pai.
Ele não é uma criatura, nem um ser intermediário entre Deus e os homens, mas gerado, ou seja, procedente do Pai, eterno como Ele, da mesma natureza divina.
A expressão “luz da luz” ajuda a compreender: assim como a luz não pode existir sem irradiar, o Pai não existe sem o Filho, que é o esplendor de sua glória (cf. Hb 1,3).
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) também aborda este tema:
“O segundo concílio ecumênico, reunido em Constantinopla em 381, guardou esta expressão na sua formulação do Credo de Niceia e confessou «o Filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos, luz da luz. Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai»” (CIC, 242)
A palavra consubstancial (homoousios, em grego), introduzida em Niceia, foi decisiva. Ela não aparece de forma explícita na Bíblia, mas expressa a fé nela contida.
A Igreja quis garantir que o Filho é Deus em sentido pleno, igual ao Pai, e com Ele participa da mesma glória e poder.
Ao professar esse trecho, reafirmamos que Jesus Cristo não é um ser criado, mas o próprio Deus feito homem. E é justamente por isso que Ele pode nos redimir: porque é Deus conosco.
Ou seja, nossa fé não é em um homem extraordinário, mas em Deus que se fez homem para nos salvar.
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