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História da Igreja

O golpe de 1889 e o nascimento da República Brasileira

Escrito por Elisangela Cavalheiro - Editado por Rafael Gurgel

10 SET 2013 - 16H00 (Atualizada em 16 NOV 2025 - 08H00)

Reprodução/ Wikimedia Commons

No dia 15 de novembro de 1889, um golpe de estado encabeçado pelo Marechal Deodoro da Fonseca derrubou a monarquia que reinava no Brasil desde 1808, e implantou no seu lugar o sistema republicano.

Contamos agora neste artigo para nossos leitores como se deu esta mudança de sistema de governo.

A Proclamação da República

Tudo estava preparado para acontecer no dia 20 de novembro, mas devido à insegurança e também por causa de uma onda de boatos que corriam nos dias 13 e 14 se apressou o movimento. Na manhã do dia 15 o ministério de Dom Pedro II foi aprisionado, deposto e um novo ministério provisório foi organizado.

O imperador convocou o Conselho de Estado e tentou organizar um novo ministério, mas já era tarde. Tudo foi feito sem a participação do povo. O Marechal Deodoro assumiu a presidência do governo provisório.

Como se deu o golpe e a revolução?

Quando do golpe de estado, o imperador estava ausente do Rio. Estava em Petrópolis. Devido à pressa com que tudo se procedeu, só na tarde do dia 15 foi lavrada a ata de Proclamação da República. No dia 16 foi entregue a solicitação ao imperador para que se retirasse do Brasil com a sua família.

O país que foi herdado pelos republicanos

Era um país que já detinha a hegemonia na América do Sul e ganhava credibilidade externa. Na política exterior destacava-se a figura do Visconde do Rio Branco. Nos anos de 1871, 1880 e 1884-85 o Brasil agiu como mediador e juiz em questões internacionais. Em 1889 destacou-se na 1ª Conferência Pan-Americana de Washington.

Internamente o crescimento econômico continuava.

As exportações passaram de 230 mil contos em 1870-80 para 336 mil em 1886-87.

A abolição da escravatura provocou queda de 60% na produção de café — 6,7 milhões de sacas em 1889-90.

O número de imigrantes crescia: 11 mil em 1881, 28 mil em 1882-86, 55 mil em 1887 e 132 mil em 1888.

No setor dos transportes as ferrovias chegavam a 9,3 mil km e no setor das comunicações as linhas telegráficas a 19 mil km.
No setor cultural alguns progressos

O Brasil tinha 05 faculdades, 01 conservatório e diversas escolas superiores. A biblioteca, o arquivo e o museu nacional eram modestos, mas existiam. Destaques na literatura e artes: Machado de Assis, Júlio Ribeiro, Raul Pompeia, Aluísio Azevedo, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Farias de Brito.

O Brasil começava a romper influências de Portugal e Espanha e se aproximava da França, Inglaterra e EUA. Também começavam as explorações científicas do território.

A organização da vida republicana

Após a Proclamação, várias medidas foram tomadas:

O decreto n.º 1 proclamava o Brasil como república federativa. As Províncias tornaram-se estados.

Em 3 de dezembro uma comissão foi nomeada para elaborar o estatuto entregue ao governo provisório em 30 de maio de 1891 e publicado em 22 de junho. Em 15 de setembro de 1890 houve eleição para a Assembleia Constituinte, empossada em 15 de novembro — Deodoro tornava-se presidente oficial. O governo provisório até então era ditatorial.

Em 1891 ocorreu a separação entre Igreja e Estado.

A Argentina foi o primeiro país a reconhecer o novo governo em 20 de novembro de 1890.

Internamente as dificuldades foram grandes devido ao caráter ditatorial do governo provisório:

Dificuldades financeiras pelo despreparo; atritos com o congresso constituinte.

Em janeiro de 1891 o ministério renunciou.

Em novembro, Deodoro dissolveu o congresso e gerou protestos e revoltas. Em 23 de novembro, Deodoro renunciou e Floriano Peixoto assumiu.

O grande destaque dos primeiros tempos da república foi Rui Barbosa.

Medidas tomadas imediatamente depois da proclamação

Criação dos símbolos nacionais.

Naturalização dos estrangeiros.

Pacificação de algumas revoltas militares e nas Províncias.

Lei do silêncio na imprensa.

Separação Igreja-Estado, liberdade de culto e regulamentação do matrimônio civil.

Reforma bancária e financeira.

Dissolução das Assembleias e câmaras municipais e nomeação de intendentes.

Reforma do código criminal e do ensino militar.

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Confira também: A queda da monarquia no Brasil e a instauração do regime republicano

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