Certa vez, o diabo quis adaptar-se aos novos tempos, e fez uma liquidação das tentações. Expôs suas tentações em prateleiras e colocou anúncio nos jornais.
Era um estoque enorme: Pedras para os virtuosos tropeçarem, espelhos que aumentavam a própria importância, óculos que diminuíam a importância dos outros...
Alguns objetos chamavam a atenção: Um punhal de lâmina curva para ser usado nas costas de alguém, gravadores que só registravam fofocas e mentiras...
“Não se preocupem com o preço”, gritava satã. “Levem hoje e paguem quando puderem”.
Um dos visitantes encontrou, jogada em um canto, uma ferramenta que parecia muito usada e que pouco chamava a atenção. Entretanto, era caríssima. Curioso, quis saber a razão. Satanás explicou:
“Ela está gasta porque é a que eu mais uso. Se chamasse muito a atenção, as pessoas saberiam como se proteger. No entanto, ela vale o preço que estou pedindo. É a dúvida. Todas as outras tentações podem falhar, mas esta sempre funciona”.
“Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.” A dúvida, palavra derivada do latim “dubitare”, é uma condição psicológica ou sentimento caracterizado pela ausência de decisão ou de convicção. Ela se opõe à fé.
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