Por Elisangela Cavalheiro Em Igreja Atualizada em 18 MAI 2018 - 09H28

A ação da Pastoral do Menor no combate à violência sexual de crianças


No dia 18 de maio é realizado em todo o Brasil o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data remete ao que ficou conhecido como o 'Caso Araceli', por causa da menina chamada Araceli, de 8 anos, de Vitória (ES), que foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada.

A mobilização ganhou repercussão nacional a partir de maio de 2000, com a Lei 9.970, que definiu o dia 18 de maio para combate e conscientização sobre esse crime cometido a tantas crianças e adolescentes no Brasil. 

Nesse dia em todo o país, são realizadas palestras, seminários, workshops, caminhadas, entre outras atividades para conscientizar a população sobre a importância da defesa de crianças e adolescentes.

Segundo Flávia Araújo de Almeida, que tem experiência de mais de 30 anos na Pastoral do Menor em Montes Claros (MG), a iniciativa quer ajudar a potencializar as ações das diversas instituições que formam a rede de proteção à criança e ao adolescente e contribuir para a capacitação dos membros que atuam nessas instituições para que saibam diagnosticar os casos de abusos e exploração. 

Leia MaisVoluntários unem Igreja e Estado para resolver pequenos conflitosIgreja e sociedade: Quebrar o círculo da violênciaPor que existe a violência e o que a Igreja Católica diz sobre o assunto?“Temos na região graves problemas relacionados à nossa rede de proteção, entre eles a desarticulação, falta de formação dos agentes, falta de orientação para saber diagnosticar os casos, ação individualizada das instituições”, informa. “Diante dessas dificuldades, tentamos chamar a atenção da rede no intuito de somar forças, e mesmo porque a rede já existe e precisamos fortalecer os planos de ação dessa rede, pois isoladamente a gente não tem força”, pondera Flávia.  

Diante da violência cometida aos menores, Flávia Almeida declarou que não há como manter uma postura de omissão. “Recebem-se denúncias, todos acham normal e todos ficam calados. Não podemos aceitar essa mordaça na nossa sociedade”, afirma. 

“Precisamos provocar os adultos para defender as crianças e adolescentes. Lutar pelas crianças que não tem força e esclarecer essa realidade cruel que é um crime. Queremos fazer com que essa rede possa funcionar mesmo”, completa.


Abuso X Exploração 

A violência sexual pode ocorrer de duas formas distintas. Abuso sexual é qualquer forma de contato e interação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, em que o adulto, que possui uma posição de autoridade ou poder, utiliza-se dessa condição para sua própria estimulação sexual, da criança ou adolescente, ou ainda de terceiros, podendo ocorrer com ou sem contato físico. 

Já a exploração se caracteriza pela utilização sexual de crianças e adolescentes com a intenção de lucro, seja financeiro ou de qualquer outra espécie. São quatro formas em que ocorre a exploração sexual: em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual. 

Segundo balanço do Disque 100 para denúncias, em torno de 42% das vítimas são crianças pequenas, entre 4 e 11 anos, e mais de 70% das situações de violência contra crianças ocorrem no âmbito familiar. 

Denuncie a violência contra a criança, de forma anônima, pelo Disque 100.

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