Nos últimos dias, vimos com grande tristeza e indignação A morte cruel do jovem negro congolês, Moise Mugenyi. O assassinato aconteceu no dia 24 de janeiro, em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
O crime causou comoção em todo o Brasil, inclusive foi destaque nos principais noticiários do mundo. Dom Zanoni Demettino Castro, arcebispo de Feira de Santana (BA) e referencial para a Pastoral Afro-Brasileira da CNBB, escreveu um artigo onde demonstra a sua indignação. No texto, o bispo destaca que o assassinato de Moïse “não pode ser considerado um fato isolado do contexto que vivem e passam milhares de jovens negros e negras mortos nos últimos tempos”.
Dom Zanoni alerta no artigo que o cenário é desolador para as famílias e comunidades negras, expressando também sua solidariedade à família de Moise Mugenyi e às demais famílias.
Para concluir, o bispo lembrou a frase que evidencia a luta contra a violência às pessoas negras e convocou as autoridades competentes a tomar uma atitude.
“Vidas negras importam. Somos 56% do total da população brasileira e, por isso, conclamamos as autoridades civis e jurídicas competentes a tomar uma atitude em favor da vida, a favor das vidas negras.”
Em nota divulgada no último dia 3 de fevereiro, a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Rede CLAMOR Brasil e a Rede Solidária para Migrantes e Refugiados (RedeMiR), também pede justiça e a garantia de direitos básicos aos migrantes e refugiados.
“Nunca será demais reafirmar a importância da defesa dos Direitos Humanos em um país que lamentavelmente segue marcando sua história enraizada na violência”, destaca o texto.
De acordo com o documento, “a barbárie tem sido normalizada quando envolve pessoas pobres, em situação de vulnerabilidade, da periferia. Grande parte da população migrante e refugiada se insere nesse grupo”.
Fonte: CNBB
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