Por Elisangela Cavalheiro Em Igreja Atualizada em 01 FEV 2018 - 17H09

Igreja em saída exige abertura e acolhimento junto a atitude missionária

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  1. A Igreja em saída constantemente proposta pelo Papa Francisco tem norteado reflexões em todos os ambientes da Igreja. Bispos, padres, religiosos, leigos e organismos eclesiais, têm buscado discutir o tema e possíveis respostas ao pedido do pontífice.

    Na exortação apostólica Evangelii gaudium é esse esforço que o papa indica para a Igreja.

    “A Igreja ‘em saída’ é uma Igreja com as portas abertas. Sair em direção aos outros para chegar às periferias humanas não significa correr pelo mundo sem direção nem sentido. Muitas vezes é melhor diminuir o ritmo, pôr de parte a ansiedade para olhar nos olhos e escutar, ou renunciar às urgências para acompanhar quem ficou caído à beira do caminho”.

    Indo nessa direção, um grupo de trinta religiosos dehonianos provenientes de vários países latino-americanos está reunido em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, para a Semana de Estudos Dehonianos cujo tema está centralizado no pedido do Santo Padre: “Do sair das sacristias de Padre Dehon, à Igreja em saída do Papa Francisco! Desafios e releitura do carisma dehoniano na América Latina”.


  1. O grupo reuniu-se na manhã desta quinta-feira (01), em Aparecida (SP), para uma visita ao Santuário Nacional, e um dos religiosos, o brasileiro padre Simão Pedro Santos conversou com o A12 sobre o pedido do Papa e a reflexão dos padres nesse encontro.


  1. Segundo padre Simão Pedro, uma atitude missionária que vá ao encontro das periferias geográficas e existenciais é um ponto crucial na fala do Papa, e para que isso aconteça é preciso também uma atitude de abertura e acolhida antes de ir ao encontro.

    “O Papa Francisco quando fala sobre uma Igreja em saída inclui nesse pensamento e nessa proposta de missão uma grande abertura da Igreja. Não só em sair, mas também se abrir para que as pessoas que venham até nós sejam bem recebidas. Não adianta sairmos e quando as pessoas se aproximarem de nós encontrarem portas fechadas, coração fechado, padres mal-humorados centrados em seus problemas pessoais. É importante sair, mas também estar aberto para as pessoas que se aproximam de nós”, enfatiza o religioso.

    A experiência da fé de Padre Dehon do “sair das sacristias” relaciona-se diretamente com o clamor de Francisco.

    “A Igreja em saída reflete muito a vida de Padre Dehon. Ele era um homem totalmente aberto à realidade das pessoas. Mirando o Coração de Jesus, de onde brota a sua espiritualidade, ele se abriu para ver o coração do povo e as necessidades da Igreja”, frisa. 

    Padre Dehon fundou a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus e foi um homem muito sensível aos grandes problemas sociais de sua época. Ele foi um missionário da Doutrina Social da Igreja e dos ensinamentos dos Papas. Com esse estímulo, os religiosos dehonianos se reúnem até a próxima sexta-feira (02) para aprofundar os escritos de seu fundador e sua estreita relação com a mensagem de Francisco. 

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