Por Polyana Gonzaga Em Igreja Atualizada em 22 OUT 2019 - 08H31

Jovem da Comunidade Anglicana partilha experiência no Sínodo da Amazônia

Daniel dos Santos Lima é membro da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil em Manaus (AM).

O jovem Daniel dos Santos Lima, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, participa da Assembleia Especial do Sínodo para a Amazônia como Delegado Fraterno.

Polyana Gonzaga
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Daniel dos Santos Lima é membro da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil em Manaus (AM).


O
Sínodo, que reúne bispos da região Pan- Amazônica, padres, especialistas, chefes de dicastérios, representantes de congregações religiosas e membros de nomeação pontifícia, entrou em sua última semana atividades, devendo ser concluído no próximo domingo (27).

Daniel Lima atua na Comunidade Anglicana de Manaus (AM), desenvolvendo um trabalho na periferia da capital Amazonense.

O A12 conversou com Daniel sobre sua participação e contribuição no Sínodo da Amazônia. Ele explicou que os delegados fraternos não têm direito a voto, mas podem partilhar experiências que suas Igrejas já vivem e que possam ajudar na caminhada da Leia MaisAtividades do Sínodo para a Pan Amazônia entram na última semanaPovos indígenas: “Quando defendemos a terra, é para salvar a humanidade”Igreja Católica.

A12 - Qual a função de um Delegado Fraterno?

Daniel Lima - É próprio dos Sínodos da Igreja Católica ter uma presença Ecumênica, principalmente de Igrejas que vivem a tradição apostólica, que tem uma comunhão espiritual.

O Santo Padre convida algumas pessoas de outras Igrejas. Nesse caso, nós somos cinco delegados fraternos para participar das discussões.

A12 – O que você partilhou neste Sínodo?

Daniel Lima - Eu trouxe a minha experiência na Comunidade Anglicana de Manaus, que trabalha com as mulheres indígenas do Alto Rio NegroO Sínodo está se debruçando sobre essa questão. Além disso, a nossa comunidade em Manaus está presente na periferia, em uma ocupação que tem quase quatro mil famílias. Nós somos convidados ali a construir o Reino de Deus, a partir da busca pela justiça social. Todas as pessoas têm direito à moradia.

Não podemos, como Igreja, ficar de braços cruzados. Temos que ajudar essas pessoas. O Reino de Deus acontece na prática. Não é apenas orando, apenas lendo a Bíblia, mas é colocando na prática. E essa prática se dá com o povo de Deus, com as mulheres indígenas, com os moradores do bairro da Fé, em Manaus. E é essa experiência que trago para compartilhar com os padres sinodais, com os irmãos da Igreja Católica.

A12 - Como tem sido essa experiência e que caminhos tem enxergado que este Sínodo possa contribuir com a essa realidade?

Daniel Lima - Eu me sinto muito bem acolhido, principalmente pelo Papa Francisco. Ele tem mostrado que nós podemos caminhar em comunhão, principalmente com a questão climáticaO cuidado da Casa Comum passa por uma conversão ecológica. É uma conversão para toda a comunidade cristã. Todos os cristãos seguidores de Jesus, do Evangelho são convidados, nesse momento, a buscar uma conversão ecológica. Podemos caminhar juntos.

A questão da emergência climática não toca apenas a Igreja Católica, mas nos toca a todos como seres humanos. É esse caminho que a experiência do Sínodo está nos mostrando.

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