Mês missionário: a missão de uma Irmã Carmelita na França

Como sabemos, o mês missionário é também o mês da memória litúrgica da padroeira das missões, Santa Teresinha do Menino Jesus. Ela nos ensinou, reclusa no convento, que a vocação de um missionário é o amor, onde quer que esteja.

Mas para nos inspirar a tornar Cristo conhecido e amado neste tempo propício, o Portal A12 realizou a série “Igreja em saída pelo mundo” contando a história e missão do jovem Franklin na Polônia, do Pe. Adriano Marques no Uruguai e, agora, da Irmã Bianca Martins na França.

Cada um deles vive sua vocação individual em um lugar diferente, mas compartilham conosco o mesmo chamado de ser Igreja. A seguir, conheceremos um pouco sobre a missão desta Carmelita Mensageira do Espírito Santo, de 30 anos, que vive atualmente em Vénissieux, na França.

O chamado à vida religiosa e missionária

Ir. Bianca é brasileira e entrou para o convento das Carmelitas Mensageiras do Espírito Santo com apenas 17 anos, em 2013. Desde então vive o carisma de levar o amor de Deus todos os dias por meio da oração e testemunho de vida.

Sua Congregação possui muitas formas de evangelizar, como atendimento de oração, pregações, formações, pelas artes, retiros, serviços pastorais, trabalhos sociais e acompanhamento de jovens, a qual é a missão atual da Irmã.

“Após meus primeiros votos, fiz missões em algumas regiões do Brasil, como Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Em 2020, fui enviada em missão para a França, particularmente na Casa Natal de Santa Teresinha em Alençon. Em 2024, fui enviada para Vénissieux, periferia de Lyon”, disse.

Missão com os jovens de Vénissieux

A missão das Mensageiras do Espírito Santo neste local é particularmente com a juventude. Ir. Bianca contou que lá vivem jovens de diferentes nacionalidades, o que traz dinamicidade para o grupo.

“Na França existe uma separação de 11 a 14 anos, que se chamam "colégiens" ou seja, aqueles que estão no colégio, depois os "Lycéens" aqueles que estão no ensino médio (15,16, 17 e 18 anos) e, por fim, os jovens estudantes ou nos primeiros empregos, dos 18 aos 30 anos”, explicou.

Arquivo Pessoal

Desse modo, a religiosa resumiu que a missão principal dela e das demais irmãs nesta cidade é gerar e alimentar o grupo de jovens para cada idade, além de realizar alguns passeios de peregrinação com eles a lugares santos a fim de prepará-los para os sacramentos da iniciação cristã.

Os desafios vencidos e os frutos de conversão

A missão em um país diferente exige muitas adaptações e para a Ir. Bianca, além de aprender uma nova língua e conhecer a cultura local nos primeiros anos, o maior desafio é não deixar de confiar em Deus, “pois no fim, o Espírito Santo está sempre nos guiando para falar e agir no momento certo”.

E os frutos vividos na missão? “Presenciei muitos frutos, mas acredito que nada mais belo que acompanhar almas que desejam receber um Sacramento”, relatou. Para a religiosa, é muito bonito perceber a mudança de vida, costumes e pensamentos dos jovens que se encontram com o amor de Deus.

Arquivo Pessoal

“Neste momento, estou acompanhando 4 jovens de 23 a 26 anos que estão a um passo de receber o batismo e outros 6 acabam de pedir também. Ver um filho que nasce para Deus é muito gratificante e dá sentido a toda oferta de amor”, completou.

“Não é necessário atravessar o oceano para ser missionário”

Ir. Bianca finaliza esta série reforçando a mensagem que os outros irmãos missionários também deixaram para nós: a missão deve ser vivida de onde estamos.

“Ame este teu entorno e não fique preocupado se não se sente digno, Deus é bom e lhe dará as armas e os meios disponíveis. Ele deseja mesmo é um coração aberto à sua ação. E claro, não perca tempo. Um sorriso já é evangelização!”, concluiu.

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