Neste mês de outubro, é proposta pela Igreja a discussão e reflexão sobre o tema da missionariedade. A Campanha Missionária das Pontifícias Obras Missionarias (POM) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) deste ano de 2022 vem de uma inspiração bíblica, do versículo “Sereis minhas testemunhas” (At 1,8). Leia MaisDiálogos: a missão da Igreja é levar esperançaSinodalidade: comunhão que gera missão
Somos convidados a realizar gestos concretos de solidariedade durante este período, a sairmos ao encontro do próximo.
Outro ponto importante proposto pela campanha é a coleta missionária, realizado no penúltimo fim de semana do mês, durante as Missas dos dias 22 e 23/10 destinada a missão da igreja em todo o mundo.
Igreja é Missão
Em meio a tantos serviços de evangelização e acolhimento promovidos pela Igreja nos mais diversos países, leigos, sacerdotes, religiosos e religiosas têm ido ao encontro daqueles que sofrem com os processos migratórios devido às guerras e perseguições.
"A Igreja de Cristo sempre esteve, está e estará «em saída» rumo aos novos horizontes geográficos, sociais, existenciais, rumo aos lugares e situações humanas «de confim», para dar testemunho de Cristo e do seu amor a todos os homens e mulheres de cada povo, cultura, estado social. [...] porque a Igreja terá sempre de ir mais longe, mais além das próprias fronteiras, para testemunhar a todos o amor de Cristo" ( Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2022)
Padre Paolo Parise, responsável pela Missão Paz - Centro de Acolhimento a Migrantes e Refugiados, localizado em São Paulo (SP), falou em entrevista ao A12 sobre a importância de uma Igreja preocupada com ações concretas de acolhida a essas pessoas.
“Uma Igreja que cria casas de acolhida, centros integrados ou que atua também nas fronteiras, nos corredores migratórios. Também preocupada em mudar os paradigmas legais, para que sejam baseados nos direitos humanos, na dignidade das pessoas e dos mais vulneráveis.”
Padre Paolo acredita na atuação da Igreja nessas três áreas: serviços e mudanças de legislações, sensibilização da sociedade através dos meios de comunicação e no papel de fazer compreender que os migrantes e os refugiados são pessoas que merecem atenção e respostas.
O papel dos leigos
Para o padre, o fiel leigo também é protagonista nesses gestos de acolhida e nas ações que promovem mudanças, da mesma maneira que um sacerdote, religioso ou religiosa.
“Acredito que [o leigo] tem um papel fundamental, como em outras áreas: na educação, na saúde. Ele pode atuar no campo legislativo, de educação e inserir essa realidade migratória que atinge o planeta nas discussões.
A cada ano aumenta mais o número de migrantes e refugiados. Então, não podemos ser indiferentes a essa realidade”, afirmou.
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