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Igreja

Como a Campanha da Fraternidade de 2021 une em meio às diferenças?

Escrito por Eduardo Gois

04 MAR 2021 - 14H00 (Atualizada em 05 MAR 2021 - 10H51)

A Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) 2021 quer ajudar a refletir sobre como encontrar caminhos de comunhão. O tema "Fraternidade e Diálogo: Compromisso de amor" e o lema : "Cristo é a nossa paz: Do que era dividido fez unidade" (Ef 2-14) dão uma oportunidade aos cristãos de exercitarem a comunhão com o próximo e com irmãos de outras Igrejas Cristãs.

Com a intenção de dialogar mais sobre o assunto e saber por que as diferenças são motivos de confronto, o A12 conversa com o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), Dom Joel Portella Amado, e a secretária-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, Pastora Romi Bencke.

Na avaliação de Dom Joel, quando fala-se em pontos comuns que unem as diferentes Igrejas cristãs, ainda que se organizem e se configurem de modo diferente, o diálogo pode ser ampliado e une todos os seres humanos de boa vontade, todos que buscam a paz, todos os que buscam um mundo diferente do mundo violento que aí está. “O Diálogo é indispensável. Quando você não dialoga, você acaba recusando um pouco da dimensão humana”.

Para viver bem esse período e aprender a dialogar mais, se faz necessário perguntar sobre algumas questões: “Eu sou uma pessoa de diálogo ou estou aumentando a polarização?”. É importante refletir sobre a construção de uma sociedade de paz e democrática.

A pastora Romi destaca que esta campanha ajuda a viver o compromisso com o Evangelho e com mandamento do amor à pessoa, ensinamentos deixados por Jesus Cristo. “A espiritualidade é algo que também nós temos em comum e o diálogo é um mandato do Evangelho. Não há opção para uma pessoa cristã que queira ser coerente com a sua fé, a não ser ter posturas claras e efetivas de diálogo”, opina.

Ela destaca que, para superar as diferenças entre as Igrejas, é fundamental que se conheça a história de cada uma delas. “Que tenhamos abertura para ir ao encontro do outro, que expressa, de maneira concreta, sua fé em Jesus Cristo de outra forma que não a minha”. Romi também destaca que é um caminho necessário para que as diferenças não sejam transformadas em motivos de conflito.

Eles também destacam experiências de diálogo positivas, como rodas de conversa que vencem pelo diálogo, e não pela polarização. Vale citar o que ocorre entre católicos e luteranos em torno de ações conjuntas. Outro aspecto relevante a ser explicado é sobre a Coleta da Solidariedade, que alimenta o Fundo Nacional desde 1998 e que ajuda a aprimorar projetos sociais.

Dom Joel explica que, a cada ano, mudam-se as necessidades e são estabelecidos três diferentes eixos de atuação. Ao que tudo indica, neste ano, a questão da segurança alimentar, do desemprego e da pandemia serão os eixos principais de atuação, que visa atender as necessidades imediatas de inúmeras localidades.

.:: Veja vídeo com a íntegra da entrevista

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