O mês de setembro é lembrado em muitos lugares do mundo como o mês de Prevenção ao Suicídio, o qual tem seu dia específico no dia 10 de setembro. Segundo a OMS, no mundo, uma pessoa comete suicídio a cada 40 segundos. Também há estatísticas globais que dizem que, por cada suicídio consumado, há umas 25 tentativas de suicídio. Ou seja, nos próximos 40 segundos haverá uma morte por suicídio e outras 25 pessoas tentando acabar com a sua própria vida. No Brasil, estatísticas mais recentes nos dizem que acontecem 10 mil suicídios por ano, ou seja, uns 27 por dia. Quer dizer que, aproximadamente a cada hora, uma pessoa comete suicídio no País.
Uma pesquisa de 2008, apresentada no Congresso do ISMA Brasil, organização de pesquisa e tratamento do estresse, apontou que a vida sacerdotal é uma das profissões mais estressantes da atualidade. Já naquela ocasião, 448 entre 1,6 mil padres e freiras entrevistados (28%) se sentiam "emocionalmente exaustos". O percentual de clérigos nessa situação era superior ao de policiais (26%), executivos (20%) e motoristas de ônibus (15%).
Leia MaisDepressão e vida religiosa: entre o preconceito e a féNo Brasil, país no qual entre 2017 e 2018 quase 20 sacerdotes tiraram a própria vida, encontramos alguns estudos sobre esta realidade por parte de alguns especialistas, como por exemplo, a Dra. Luciana Campos, Psicóloga e Pedagoga, uma especialista no assunto e autora do livro "A Dor Invisível".
Deixo aqui um trecho de um texto dela:
"Independente das causas que levam o sacerdote ao suicídio, tudo indica, que na maioria dos casos, a forma de se relacionar com a solidão e o fator isolamento tem sido letal!"
- Por que fomos formados em comunidade e vivemos sozinhos?
- Por que acabamos sofrendo sozinhos?
- De onde vem essa dificuldade de falar o que sentimos?
- Por que estamos abandonados?
- Por que não cuidamos um do outro?
- Por que entre nós não há a confiança e a parceria existente entre os outros grupos sociais?
- Onde anda aquela fraternidade sacerdotal sonhada pelo Concílio Vaticano II?
- Por que teremos que morrer sozinhos?
- Quantos padres ainda se suicidarão?
- O que foi feito nas dioceses onde houveram óbitos?
- O que as pastorais presbiterais estão fazendo?
A depressão é outra possível causa do suicídio entre os padres. Minha preocupação é que hoje, dezenas de seminaristas já estão vivendo com ansiolíticos e antidepressivos, o que na minha geração, era imaginável. Como estão sendo vistos, acolhidos e tratados os padres depressivos? As pesquisas dizem atualmente que entre 90-95% dos suicidas apresentavam transtornos psiquiátricos no momento da morte. Há uma correlação importante, sobretudo, entre o suicídio e a depressão".
Finalmente, penso que seja importante fazer esta pergunta: Por que estariam se sentindo solitários os sacerdotes? Eles têm que se responsabilizar pelos desafios modernos nesse sentido e se acolher à graça de Deus e, se for o caso, pedir ajuda profissional. Eles devem lembrar e fazer memória do porquê abraçaram o sacerdócio, e que isto implicou o fato de não ter uma vida conjugal nem ter filhos, porém, sim, devem buscar a fraternidade sacerdotal ou de dentro da congregação e atesourar cada vez mais o dom do sacerdócio e do celibato sacerdotal, o qual sabemos que não é a causa da solidão, mas tem seus desafios.
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