A pequena cidade de 23 mil habitantes, Santa Rosa do Viterbo (SP), distante cerca de 300 Km da capital paulistana, agora tem mais um motivo para se orgulhar. A Santa que carrega o nome do lugar foi homenageada em uma produção cinematográfica.
Tudo começou a partir de uma ideia da equipe de encenação da Paróquia de Santa Rosa de Viterbo, formada por diversos leigos, como o engenheiro-civil José Paulo Orlando, que assumiu a direção-geral do projeto, o voluntário Marcelo Eduardo Meloni com a direção artística, e mais todo o pessoal que já fazia o espetáculo do Auto da Padroeira todos os anos, e também a Paixão de Cristo, sempre encenado na praça matriz da cidade. Eles se viram desafiados em 2020 com as restrições sanitárias e decidiram produzir um filme para ser transmitido ao vivo. O que eles não esperavam era um alcance dez vezes maior do que no formato presencial, pois foi assistido por diversas pessoas em vários lugares do Brasil e do Mundo.
Em setembro de 2021, um ano depois, o filme ganha uma continuação, agora com uma produção bem mais profissional. “A diferença entre os dois filmes é gigantesca. No primeiro filme, ano passado, mal sabíamos como seria o resultado final. Embarcávamos numa aventura primária, apenas na vontade de que algo virtual acontecesse, e a Festa da Padroeira não passasse em branco. Este é diferente, na qualidade, na preparação, no texto, trilha sonora e cenários (que foi o nosso forte). Andamos por mais de 600 km para que todas as cenas fossem gravadas. Podemos dizer que o nosso sonho inicial se concretiza neste filme, ou seja, agora sim temos um belo trabalho, que narra com clareza e fácil didática a criação de nossa cidade e a vida de Santa Rosa de Viterbo”, explica José Paulo Orlando.
O jovem diretor, que também é o coordenador da equipe de encenação da paróquia, relembra a história inusitada da cidade, que começou com uma venda errada da Imagem de uma santa: “Pediram uma Nossa Senhora e foi entregue uma Santa Rosa de Viterbo. Portanto, a parte inicial do filme narra, de uma forma emocionante e também cômica, este fato que todos acreditam ter sido vontade de Deus. A própria padroeira, uma santa italiana, pouco conhecida no Brasil, torna o filme ainda mais essencial para o nosso trabalho de evangelização, ou seja, um dos grandes motivos de produzir este filme é de fazer com que Santa Rosa de Viterbo seja conhecida no Brasil, principalmente em nossa região”.
José Paulo detalha que, para fazer o filme, foi necessário captar recursos financeiros, e também adaptar a equipe para filmagens que cumprissem todos os protocolos sanitários necessários. Além disso, toda a produção é voluntária, todos os atores e atrizes são amadores, participantes da comunidade local, de movimentos, de equipes e pastorais, também não há finalidade de lucro:
“Tudo é apenas trabalho de evangelização, e ressalto que é uma grandiosa equipe, formada por pessoas de garra, que deixaram afazeres pessoais para que tudo acontecesse. Gravamos tudo separadamente, ou seja, cada dia uma cena para que não tenha aglomeração, o que gerou diferenças de datas e horários, pois todos os atores são voluntários, têm seus trabalhos, famílias e nem sempre era possível conciliar”.
Ele conta também que tudo só foi possível pelo empenho dos leigos, que contribuíram com a realização de promoções, venda de pizzas, e buscaram apoio na Fundação Cultural da cidade e na prefeitura.
Rodado em diversas locações externas da cidade e da região e no Mosteiro de Claraval (MG), o filme ganha o subtítulo de “Atos de Amor de uma Menina Santa”, e é dividido em duas partes no contexto histórico.
No início explica o porquê de a Cidade e a Paróquia, que completam 111 anos em 2021, levar o nome de Santa Rosa de Viterbo. Momento este interpretado pela personagem Sá Chica (Francisca de Paula Pimenta), senhora que viveu em terras santa-rosenses e ajudou na fundação da Paróquia de Santa Rosa de Viterbo, no final do século 19.
Na segunda parte, o filme mergulha no tempo e na vida da Padroeira principal da Cidade, Santa Rosa de Viterbo, no Século XIII. Idade média, época de conflitos, onde a pequena Santa Missionária, falecida com apenas 18 anos, ainda menina, pôde pregar o amor, a caridade e a fé a todos de seu tempo.
Durante muitos anos, a Paróquia de Santa Rosa de Viterbo foi a única no Brasil e a primeira na América Latina dedicada a Santa Rosa de Viterbo, sendo ainda, a única Cidade no mundo que leva o nome da santa italiana. Portanto, o filme, será enviado a Viterbo, na Itália, pelas mãos do Padre Leandro Ramos, filho de Santa Rosa.
O grande momento
A transmissão do filme será em um telão na frente da Igreja Matriz de Santa Rosa de Viterbo e também pelas páginas da Paróquia de Santa Rosa de Viterbo e da Arquidiocese de Ribeirão Preto no Facebook, e pelo canal do YouTube da Paróquia de Santa Rosa de Viterbo, no dia 04 de setembro, às 20h, após as comemorações litúrgicas da Padroeira da cidade.
Já a festa religiosa será celebrada de forma presencial. As celebrações do tríduo serão realizadas na Igreja Nossa Senhora de Fátima, nos dias 1, 2 e 3 de setembro às 19h, e a missa solene será às 16h30 do dia 4 de setembro, de forma campal na praça da Igreja Matriz, seguindo os protocolos sanitários impostos pelo plano São Paulo.
Também no dia 4 de setembro, às 11h, uma grande procissão-carreata sairá da Praça Conde Francisco Matarazzo e irá percorrer algumas ruas da cidade até a Igreja Matriz, para festejar a Padroeira Santa Rosa de Viterbo.
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