Os povos europeus – espanhóis e portugueses - começaram a chegar à América Latina e ao Brasil a partir do final do século XV e início do século XVI. Com os exploradores também vieram as comitivas missionárias constituídas, sobretudo, por religiosos de diversas ordens e congregações para evangelizar os povos originários aqui encontrados.
No início, a experiência missionária aqui aplicada reproduzia os métodos de evangelização já utilizados na Europa, especialmente na Península Ibérica, baseados mais na sacramentalização e numa catequese bem primária.
Como os resultados foram poucos promissores porque não levavam em consideração os elementos próprios da vida e da cultura dos povos autóctones, passaram a buscar métodos novos fundados numa evangelização mais inculturada, com bons resultados.
Um dos métodos utilizados por várias ordens, com projeção maior dos jesuítas foram as chamadas reduções que ganharam força, sobretudo, no Sul de nosso continente.
As missões também chamadas de reduções se baseavam na organização de aldeamentos indígenas administrados pelos jesuítas, parte de uma obra civilizadora e evangelizadora.
As missões buscavam criar uma sociedade de princípios cristãos isenta dos vícios, maldades e pecados existentes na Europa.
Como inovação, desenvolveram técnicas de contato e atração dos povos originários a partir do aprendizado de suas línguas. Disso veio a reunião em povoados, alguns deles como os Povos de Missões que existiu em áreas ocupadas hoje pelo Paraguai, Argentina e Brasil abrigaram milhares de pessoas, com um eficiente grau de organização, isentos da estrutura colonial.
A maioria dos aldeamentos era autossuficiente, dispondo de uma boa infraestrutura administrativa, econômica e cultural, funcionando num regime comunitário, onde os indígenas eram educados na fé cristã através do desenvolvimento das artes às vezes com elevado grau de sofisticação, ainda que inspirados em moldes europeus.
O início das reduções havia sido marcado por tentativas frustradas, porém, em meados do século XVII o modelo já estava bem consolidado e disseminado por quase toda a América, mas logo as dificuldades começariam a aparecer.
As reduções começaram a enfrentar a oposição de setores da Igreja Católica que não entendiam e nem concordavam com seu método evangelizador. Ao lado disso, veio a oposição e a perseguição dos colonizadores, porque para eles não valia a pena tanto esforço para evangelizar povos que deviam ser subjugados e, o que era muito pior, as reduções impediam o aprisionamento dos índios para serem vendidos e submetidos pelo trabalho forçado.
A economia colonial organizada na base do latifúndio e monocultura voltada para o abastecimento do mercado europeu carecia de muita mão de obra, buscada primeiro entre os povos que aqui viviam.
Apesar desses problemas as missões, que não eram isentas de erros e pecados, prosperaram e chegaram a abrigar quase meio milhão de pessoas.
Em meados do século XVIII, surgiu um forte obstáculo às missões. Os jesuítas, suspeitos de tentar criar um império independente de Portugal e Espanha, foram vítimas de intensa campanha difamatória tanto na América como na Europa. Isso resultou na sua expulsão das colônias a partir de 1759, e na dissolução da sua Ordem em 1773.
As missões entraram num processo de decadência e os povos indígenas foram sendo espalhados com o esfacelamento das reduções e os que viviam nos aldeamentos, vítimas de invasões sistemáticas por predadores de mão de obra se dispersaram.
Numa avaliação bem superficial podemos dizer que as missões jesuíticas na América representam pelo seu ineditismo uma tentativa de introdução do sistema de vida do europeu entre os nativos, integrando valores e tradições tribais com os valores da fé cristã. Seu maior mérito está no fato de representarem uma primeira organização territorial nas colônias diferente daquela que havia na Europa organizada em paróquias e dioceses.
Nunca mais houve um sistema que se aproximasse das missões jesuíticas no Brasil e na América Latina.
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