Liturgia

A Santíssima Trindade que nos salva pelo Amor

Primeira Solenidade do Tempo Comum é um convite ao mistério do Deus trino que nos criou, quer sempre nos salvar e nos santificar

Escrito por Alberto Andrade

26 MAI 2024 - 07H20

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“Então Jesus aproximou-se e falou: ‘Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo’”. (Mt 28, 18-20)

Após celebrarmos o Tempo Pascal, recordando a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, concluído com a celebração do dom do Espírito em Pentecostes, neste domingo (26), a Igreja Católica nos chama a proclamar com alegria a glória da Santíssima Trindade, o Deus uno e trino que nos salvou por amor! A partir da Solenidade, somos convocados a termos este vínculo com essa comunidade de amor que é a família trinitária.

No Evangelho de São Mateus (Mt 28,16-20), compreendemos que para Jesus ser seu discípulo é tornar-se membro da comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Os apóstolos recebem a missão de testemunhar o Reino dos Céus e são enviados a apresentar a todos (línguas, povos e nações) o convite de Deus para integrar a família da Trindade.

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É esta a fé na qual fomos batizados e fomos introduzidos na vida desse Deus uno e trino. O amor eterno vivido entre o Pai, o Filho e o Espírito, é o amor que devemos viver entre nós, realidade concreta que se envolve com nossa vida e nossa missão na Igreja.

"O Senhor ressuscitado deixa como herança espiritual para a comunidade nascente a fé trinitária o dever de ensinar ou transmitir seus ensinamentos e a certeza de sua colaboração na obra missionária. A inclusão de novos membros na comunidade-Igreja se realiza mediante o batismo em nome da Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Jesus garante a sua presença permanente na comunidade", diz Dom Anuar Battisti. Arcebispo emérito de Maringá (PR) neste artigo para o site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O Santo Evangelho apresenta os passos da Iniciação à Vida Cristã que nossas dioceses buscam apresentar à sociedade contemporânea: os discípulos devem começar a anunciar e ensinar tudo que aprenderam do próprio Jesus Cristo; em seguida devem oferecer os sacramentos àqueles que escutaram o anúncio e decidiram acolher a proposta do Reino ; os que optaram por viver o caminho do Evangelho, uma vez batizados, passam a integrar a comunidade da Santíssima Trindade, isto é, se tornam eles próprios anunciadores do Evangelho, para levar toda a humanidade a habitar no coração de Deus.

Angel Studios - Divulgação
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A vida da Santíssima Trindade é dinâmica,
pois vive em permanente movimento: de dar e receber amor. Deste modo, a vida dos cristãos não pode nem deve ser uma realidade estática, nem simples observação mecânica dos mandamentos. Deve ser também movimento de amor, para acolher e se doar aos outros. Professar a fé na Trindade é acreditar que a Cruz – caminho da nossa salvação – é feita de duas forças: do ato de amar a Deus e amar ao próximo.

"Marcados que somos no batismo pelo selo do amor divino, com a vocação de vivenciar em comunidade o amor de Deus, continuemos abertos a esse amor, acolhendo a todos, sobretudo aqueles que são esquecidos ou abandonados. Pois não existe outro caminho para entrar na misteriosa dinâmica do amor de Deus, senão levando adiante nossa missão em comunidade, vivendo relações de gente transformada pelo amor infinito da Trindade. A Solenidade da Santíssima Trindade nos revela um Deus que é amor e que partilha esse amor com todos os seres humanos", conclui Dom Battisti.


Padre Paulo Carrara, C.Ss.R., esclarece a figura da Santíssima Trindade


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