Quem visita Roma com certa frequência ou quem navega pelas redes sociais costuma perceber certas peculiaridades da cidade. Mesmo sendo uma cidade grande, com cerca de 2,7 milhões de habitantes, em Roma não existem prédios ou arranha-céus como em outras grandes cidades do mundo e os edifícios são todos baixos, contando no máximo com 8 ou 9 pavimentos.
Também são pouquíssimas as construções que se utilizam do alumínio, do vidro e outros materiais compostos, abundantemente utilizados na atualidade em outras partes do mundo. Em Roma, quase todos os prédios gozam de uma certa “padronização”, com diferenças específicas apenas nos detalhes arquitetônicos.
Muitos percebem, porém, que entre os monumentos antigos visitados por milhões de turistas predominam algumas torres, algumas delas sem qualquer identificação.
As antigas torres são notáveis, provenientes dos tempos antigos ou do período medieval. Algumas serviam de residência para famílias mais abastadas, outras eram fortificadas e outras ainda faziam parte das antigas muralhas que cercavam e protegiam a cidade de Roma.
Localizada bem perto do Coliseu e do Fórum Romano, a medieval Torre dei Conti era uma das mais imponentes da cidade. Já a Torre das Milícias, de 1238, era originalmente a mais alta da cidade, servindo também como residência fortificada. As muralhas de Aureliano, por sua vez, e suas torres, construídas entre 271 e 275 d.C., eram parte dos sistemas defensivos que protegiam a cidade; alguns trechos ainda preservados podem ser visitados.
A estrutura do Coliseu também pode ser incluída na relação das torres, com suas quatro fileiras de arcos que se elevam a quase 50 metros de altura. Maior anfiteatro construído no Império Romano, era um espaço para combates de gladiadores e outros espetáculos públicos e suas torres eram parte integrante da poderosa estrutura.
A Torre dos Bórgias e a Torre dos Annibaldes são outras notáveis construções dos tempos medievais que se encontram no centro de Roma. A área de Trastevere (depois do rio Tibre) também abriga várias torres, algumas servem hoje como miradouros, como o Belvedere Nicolau Scatoli e o Belvedere dos Salviati, que oferecem vistas panorâmicas da cidade. As torres construídas nas regiões de Navona, Campo das Flores e Torre Argentina também oferecem um panorama com vários ângulos da cidade.
Na impossibilidade de falar de todas, destacamos, porém, dados mais concretos de algumas das mais importantes torres ainda hoje preservadas.
Foi construída pelo Papa Inocêncio III, que era membro da família Conti (1198-1216), por volta de 1203, como uma residência fortificada para o seu irmão Ricardo e sua família.
Originalmente possuía cerca de 60 metros de altura, mas após os danos causados pelo terremoto de 1349 e por alguns colapsos no século XVII, foi reduzida a sua altura atual e transformada num armazém de madeira e celeiro de materiais. Em seu porão, a torre incorpora uma das quatro êxedras em tufo quadrado do Fórum da Paz (71-75 d.C).
Com a abertura da Via Cavour, no final do século XIX, e da Via dei Fori Imperiali, ficou isolada em relação aos edifícios vizinhos. Em 1937, a torre foi doada à Federação Nacional dos Arditi d'Italia, que lá permaneceu até 1943. Em 1938, o ambiente agora subterrâneo do Fórum da Paz foi usado como mausoléu do general Alessandro Parisi, presidente da Federação, que morreu em um acidente de carro naquele ano. Os restos mortais do general ainda estão preservados em um sarcófago da época romana.
Atualmente, a Torre dei Conti passa por obras de restauração supervisionadas por autoridades locais. O desabamento de parte da construção, ocorrido no dia 3 de novembro de 2025, está sendo analisado por técnicos para verificar se houve comprometimento da estrutura histórica do edifício.
Também conhecida como "Torre de Nero” ou "Torre inclinada de Roma", é originária do século XIII, localizada atrás do Mercado de Trajano e acima do Monte Quirinal.
A torre mantém o título de uma das mais famosas e um dos monumentos mais emblemáticos da cidade, mas foi severamente prejudicada por um terremoto em 1349, que fez com que se inclinasse cerca de 1,3 graus em direção ao Coliseu. Ela fazia parte de um edifício mais estruturado conhecido como "Castelo das Milícias", que desapareceu. Sua altura atual é de 42 metros, mas originalmente deveria ultrapassar facilmente os 50 metros.
A atual decoração com ameias no topo do edifício é resultado de uma restauração moderna. Da mesma forma, a parte dianteira do acesso foi adaptada nas restaurações do início do século XX, renovando uma fortificação na base da torre.
De acordo com uma lenda popular da Itália antes da unificação (1870), o imperador Nero (54-68 d.C) admirou o grande incêndio da cidade do alto dessa torre e, com sua cítara, cantava os versos da Eneida enquanto boa parte de Roma queimava.
Foram construídas por volta de 270 d.C. pelo imperador Aureliano para proteger a cidade de invasões e ataques. Possuem quase 18 quilômetros de extensão, tendo algumas partes bem preservadas, sendo os monumentos mais bem preservados do tempo do Império.
Originalmente eram intercaladas entre 381 torres e em sua extensão também havia 14 portas principais e banheiros. Hoje mantém finalidade apenas turística e das grandes portas ainda partem avenidas e rodovias que ligam bairros da cidade e cidades de diversas regiões.
Como se pode ver, a cidade de Roma possui muitas atrações que não se restringem àquelas que são mais visitadas pelos turistas.
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