Sempre que olhamos para as civilizações do passado, ficamos nos perguntando como seria a vida cotidiana das pessoas. Na maioria das vezes, era bem diferente daquilo que os livros, filmes e documentários costumam apresentar.
A cidade Roma, no auge do Império, final do século primeiro depois de Cristo, chegou a ter uma população próxima de 1 milhão de habitantes. E como vivia toda essa gente?
Na Roma imperial, as famílias dos patrícios moravam dentro dos muros, mas conforme a cidade foi crescendo os muros foram sendo levados mais adiante. Elas tinham também as suas “villas” nas montanhas ou em pequenas localidades do interior, para onde fugiam na época de maior calor, ou para se livrar do burburinho da cidade nas grandes festas e comemorações. Os pobres e plebeus moravam fora dos muros ou em bairros menos qualificados.
A vida cotidiana era bem dinâmica, com as ruas movimentadas, repletas de vendedores ambulantes, artesãos e cidadãos de todas as categorias sociais.
O dia de uma família começava com o café da manhã mais leve e frugal. Depois, as pessoas passavam um bom tempo nos mercados que existiam pela cidade, comprando os alimentos frescos para as suas necessidades domésticas.
As famílias se reuniam para as refeições que podiam variar de simples a suntuosas, dependendo da ocasião, da riqueza e de seu status social. Em muitas ocasiões, se organizavam festas e jantares, mas os escravos e servidores comiam sempre à parte, separados da família.
A vida social girava ao redor de visitas, de espetáculos apresentados nos anfiteatros ou nas arenas, entre as quais se destacava o Circo Máximo.
Lugares de grande agito social eram as termas públicas buscadas para a higiene, exercícios físicos, para adquirir cultura ou simplesmente para se conversar e passar o tempo. Os romanos passavam muito tempo ao ar livre, com os templos e o fórum funcionando como os centros preferidos da vida política e religiosa.
O convívio com os deuses e superstições também fazia parte do cotidiano. Os romanos praticavam rituais domésticos e visitavam templos regularmente. E cada deus tinha o seu templo, seus sacerdotes e servidores. Os templos eram geralmente de reduzidas dimensões, não sendo feitos para abrigar pessoas que quase sempre ficavam do lado de fora.
Os patrícios romanos gostavam de morar bem, nas chamadas domus, casas bem luxuosas para as condições da época, com suas colunas, mármores, granitos, estátuas e variadas formas de decoração. Nas grandes casas, obrigatoriamente, havia um pátio interno, fontes, piscinas e o oratório para os deuses da família.
Os plebeus moravam nas “insulae”, prédios de apartamentos simples, onde as famílias se amontoavam, ou em rústicas cabanas feitas de barro, ou madeira, cobertas de folhas de palmeiras ou de couro, localizadas fora da cidade.
A infraestrutura da sua época era bem impressionante, com os aquedutos que forneciam água para as fontes públicas, banhos e casas e com as estradas, muitas delas pavimentadas, facilitando o comércio e o transporte. No entanto, os becos, além de sujos, eram perigosos à noite, e a criminalidade era mais comum, especialmente nos “subúrbios”. As tabernas eram fervilhantes, recebendo todas as categorias de pessoas, mesmo aquelas foragidas.
O cotidiano romano era, portanto, uma mistura de atividades práticas, rituais religiosos e prazeres públicos, refletindo a complexidade e a diversidade da sociedade romana.
O casamento, ao mesmo tempo, era um dever para com a família e para com o império, permitindo o nascimento de filhos legítimos que herdariam o patrimônio familiar, possibilitando a manutenção da comunidade social, fornecendo o contingente necessário para as legiões que mantinham a segurança e estabilidade do império.
O casamento era um direito dos cidadãos e de seus filhos. Os moradores das fronteiras do império não podiam se casar legalmente, contraindo uniões qualificadas como concubinagem.
Apesar das formalidades sociais, entre as famílias patrícias era comum a geração de “filhos bastardos”, fora do casamento, com escravas ou mulheres de um nível social mais baixo. O incesto era interditado, mesmo sendo frequentes as uniões entre primos e irmãos, sobretudo, entre os germânicos. Se prezava muito a monogamia, apesar de muitos homens chegarem a abrigar uma concubina em sua casa, convivendo com a esposa legítima.
O direito determinava que a idade mínima legal para se contrair matrimônio era de 12 anos para as moças e 14 anos para os rapazes. Devia haver o consentimento dos futuros esposos, mas ainda assim existiam os “casamentos de conveniência” e nem sempre o desejo dos noivos era respeitado, sobretudo, quando se buscava a união do patrimônio e nomes de duas famílias.
Algumas leis instituídas por Augusto no ano 18 a.C. previam pesadas multas para os solteiros que não podiam receber herança. Os homens casados e sem filhos eram também punidos de maneira similar.
Na escolha do futuro marido, quatro fatores deviam ser levados em consideração: A procedência da família, a coragem, a beleza e a sabedoria. Para a futura esposa, as qualidades mais apreciadas eram a beleza, a família, a riqueza e os bons costumes. Por essa razão, a união estável entre um patrício e um plebeu não era vista com ‘bons olhos” ainda que volta e meia pudesse acontecer, causando um “escândalo” e muito “falatório” nas rodas sociais.
Em algumas ocasiões, entravam em campo os chamados “arranjadores de casamentos” que faziam a apresentação de um candidato que respondesse aos critérios exigidos pela família.
Pela conveniência social e patrimonial, na maioria das vezes eram os pais que escolhiam o pretendente ou a pretendente e, seque,r os mais interessados eram consultados.
Podia acontecer também de os dois esposos terem uma grande diferença de idade, existindo casos de promessa de união de crianças. Se antes do casamento, uma das famílias rompesse o compromisso, poderia ser processada e obrigada a pagar uma multa.
Muitos costumes da vida social, religiosa, familiar e da organização do Império foram preservados, chegando até os nossos dias!
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