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Curiosidades da História: A Rainha de Sabá

Existem pessoas, lugares, costumes e regiões citados na Bíblia dos quais pouco conhecemos. Uma das pessoas é a Rainha de Sabá, citada tanto no antigo como no Novo Testamento. É dela que hoje falamos.

Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.

Escrito por Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

16 AGO 2023 - 14H11 (Atualizada em 17 AGO 2023 - 08H09)

Kenneth Sponsler/ Shutterstock

A rainha de Sabá soube da fama de Salomão e foi a Jerusalém para pô-lo à prova com perguntas difíceis. Quando chegou, acompanhada de uma enorme caravana, com camelos carregados de especiarias, grande quantidade de ouro e pedras preciosas, foi até Salomão e lhe fez todas as perguntas que tinha em mente. Salomão respondeu a todas; nenhuma lhe foi tão difícil que não pudesse responder. Vendo a sabedoria de Salomão, bem como o palácio que ele havia construído, o que era servido em sua mesa, o lugar de seus oficiais, os criados e os copeiros, todos uniformizados, e os holocaustos que ele fazia no templo do SENHOR, ela ficou impressionada. (II Crônicas 9, 1-5)

Quem foi a Rainha de Sabá

Além de ter sido mencionada no Antigo Testamento tanto no II Livro de Crônicas, como no I Livro de Reis, no Novo Testamento ela é citada como a Rainha do Sul, quando Jesus Cristo diz: “No dia do julgamento, a Rainha do Sul se levantará contra essa geração e a condenará.” (Mt 12,42)

Ela foi a soberana de um Reino identificado como de Sabá, mas seu nome possui significados e denominações diferentes para diversos povos do norte da África e do Oriente Médio. Os etíopes a chamam de Makeda, os muçulmanos a chamam de Balkis ou Bilkis e os romanos a chamavam de Nicaula. O nome, porém, que ficou mais famoso na história veio da denominação que o Rei Salomão lhe atribuiu, Rainha de Sabá. Independentemente da diferença da denominação os livros sagrados de diferentes religiões concordam que ela foi uma soberana de significativa importância para o Reino de Sabá, que incluía os territórios hoje ocupados pela Etiópia e Iêmen.

A versão mais conhecida é a de que ela tenha vivido no século X antes de Cristo, teria viajado cheia de presentes até o Rei Salomão após ouvir histórias sobre ele, com a intensão de testar sua sabedoria. Daí surge outra versão de que Salomão tenha conquistado os encantos da rainha, que chegou a engravidar dele e que dessa relação teria surgido uma linhagem de imperadores do povo da Etiópia.

Leia MaisCuriosidades da História: Tatuagem – cultura, moda, rebeldia... Tudo isso e um pouco mais!Curiosidades da História: O uso dos garfos e as mudanças na culináriaA Rainha de Sabá é tida como a mãe da família imperial etíope e sua relação com ele é detalhada em um texto da cultura do povo, o Kebra Negast. O filho do casal, Menelik I, foi o primeiro imperador da Etiópia.

No período medieval, a Rainha de Sabá se tornou personagem de uma das versões sobre a lendária Arca da Aliança. De acordo com um relato fictício ao voltar para casa, a Rainha de Sabá teria levado consigo a Arca da Aliança, que estava no Templo de Jerusalém.

De acordo com esta versão, o templo de Salomão teria ruído por não ter mais consigo a Arca da Aliança, mas a sua presença no Império Etíope teria feito dele um dos maiores impérios do mundo durante vários anos, vencendo as guerras e os inimigos. Mas esta é apenas uma das versões lendárias sobre a Arca da Aliança.

Pesquisas arqueológicas descobriram informações preciosas sobre a Rainha de Sabá e alguns apontamentos mais recentes, baseados em escavações feitas no Iêmen, mostram que a Rainha de Sabá muito provavelmente teria sido a monarca da Arábia Meridional também. Há evidências de que a própria capital do Reino de Sabá pudesse estar localizada na região.

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Escrito por
Padre Inácio Medeiros C.Ss.R.
Pe. José Inácio de Medeiros, C.Ss.R.

Missionário redentorista graduado em História da Igreja pela Universidade Gregoriana de Roma, já trabalha nessa área há muitos anos, tendo lecionado em diversos institutos. Atuou na área de comunicação, sendo responsável pela comunicação institucional e missionária da antiga Província Redentorista de São Paulo, tendo sido também diretor da Rádio Aparecida.

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Por Redação A12, em Mundo

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