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Igreja nos EUA libera imigrantes da Missa por medo de prisão

Escrito por Redação A12

29 DEZ 2025 - 09H58 (Atualizada em 29 DEZ 2025 - 12H59)

Vatican News

O aumento das ações de fiscalização migratória nos Estados Unidos tem provocado medo entre pessoas que foram ao país e estão vivendo como imigrantes. Diante desse cenário de insegurança, a Igreja Católica dispensou os fiéis que são imigrantes das celebrações de fim de ano e do natal.

Na Diocese de Columbus, no estado de Ohio, Dom Earl Fernandes publicou o decreto da dispensa para proteger seus fiéis que temem serem detidos pelas autoridades migratórias. A medida é válida até 11 de janeiro de 2026, quando se encerra o Tempo do Natal com a Festa do Batismo do Senhor.

Segundo o Bispo, a decisão foi tomada após ouvir párocos e comunidades afetadas pelas ações de fiscalização, que durante o governo do presidente republicano, Donald Trump, tem intensificado a deportação de imigrantes, especialmente durante o período natalino.

“Nos últimos dias, houve um aumento na fiscalização da imigração na Diocese de Columbus, o que gerou maior medo e ansiedade entre nossas comunidades imigrantes”, afirmou Dom Fernandes.

No decreto, o Bispo recordou sobre a obrigação dos católicos de participarem da missa aos domingos e dias santos, principalmente na época próxima ao Natal. Mas para os cristãos que estão vivendo com o medo real de prisão ou separação familiar o Bispo os afastou da obrigação, apoiando-se no Direito Canônico que permite ao bispo diocesano dispensar os fiéis quando necessário.

A dispensa vale para todas as pessoas que temem a detenção, inclusive aquelas com documentação legal, mas que se sentem vulneráveis por sua origem étnica, condição migratória ou por ações de intimidação.

Natal vivido com fé, mesmo à distância

Como forma de sustentar a fé de quem enfrenta esse momento de perseguição, o Bispo encorajou os fiéis a celebrarem o Tempo Santo mesmo longe da presença física nas igrejas. Destacou que, mesmo à distância, a vivência do Tempo Santo permanece possível, tornando-se fonte de fé e esperança para quem atravessa esse período difícil por meio de práticas espirituais em casa. Entre elas: acompanhar missas transmitidas ao vivo, rezar o terço em família, orar diante do presépio e valorizar as devoções próprias do período natalino.

Dom Fernandes também respondeu às críticas de setores que interpretaram a medida como incentivo ao descumprimento da lei. Segundo ele, essa leitura ignora a realidade concreta vivida por milhares de famílias.

“Não estamos incentivando a quebra da lei. O que pedimos é que igrejas e escolas não sejam alvos e que as famílias não sejam separadas, especialmente no Natal”, afirmou.

O bispo reconheceu o direito dos países à segurança e ao controle de fronteiras, mas faz um apelo à consciência, especialmente à luz do espírito do Jubileu, para que a dignidade humana seja preservada.

Ele também fez questão de destacar o papel das forças policiais no combate à violência e ao crime, ressaltando que o pedido da Igreja é por discernimento e humanidade, sobretudo com pessoas vulneráveis e longe de casa.

“A fé do povo me inspira. Não é fácil ser bispo, mas não podemos falhar em liderar. Mesmo quando não somos populares, devemos exercer nossa voz profética e proclamar a Palavra da Vida”, concluiu.

+ Relações Brasil e EUA: história, conflitos e interesses


Fonte: Vatican News

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