Em maio de 2015, o Papa Francisco divulgou a sua primeira Carta Encíclica, a Laudato Si’. Nela o Pontífice pede atenção com a nossa Casa Comum, ou seja, a nossa Terra, a natureza e todo o bem que ela nos proporciona.
Na Encíclica, o Papa lembra o cântico que São Francisco de Assis cantava, onde comparava a Casa Comum “ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços”.
“Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras”
São Francisco de Assis
Papa Francisco escreveu na Encíclica que a Terra clama por ajuda e nós precisamos ouvi-la.
“Esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela colocou. Crescemos a pensar que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência, que está no coração humano ferido pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abandonados e maltratados, conta-se a nossa terra oprimida e devastada, que geme e sofre as dores do parto”.
Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), lembra dos motivos que levaram o Papa a escrever a Encíclica:
“A Laudato si é para que nós saibamos desacelerar o consumo, porque somos uma sociedade de descarte, onde não sabemos mais o que fazer com os lixos. Basta ver o oceano e o problema com os plásticos. Por isso, o Papa insiste: Terra, trabalho e teto. Terra é dom de Deus e aquilo que produzimos precisa chegar na mesa de todos. O Brasil produz muito, mas a fome está aumentando nesta nossa pátria amada e idolatrada”.
Partindo do chamado do Papa para olharmos com carinho nossa Casa Comum, diversas ações foram realizadas pelas igrejas e comunidades em todo mundo. No Brasil, uma delas é a Campanha Laudato Si’.
A campanha nasceu da união do Movimento Laudato Si (MLS), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM – Brasil), a partir do lançamento de um filme, que aconteceu no último ano. “A carta: uma mensagem pela nossa Terra” é um filme que apresenta um diálogo do Papa Francisco com lideranças de diversas partes do mundo sobre as suas percepções diante das crises climáticas e sócio-ambiental.

Partindo da mensagem que o filme apresenta, o MSL, a CNBB e a REPAM estruturaram a Campanha Laudato Si’, como meio de viabilização da difusão do documentário, a difusão da própria encíclica, e “é um convite a conversão ecológica, ao aprofundamento de uma espiritualidade ecológica e em um convite para ação nas mais diversas realidades distintas”, explica Eduardo Nischespois, coordenador de campanhas do Movimento Laudato Si’.
A Campanha é divida em três tempos, sendo o primeiro com ações na Semana Laudato Si’, que acontece de 21 a 28 de maio, em Brasília (DF).
“Nós organizaremos a nível nacional uma programação em Brasília, contendo audiência pública, conferências, circuitos de exibições, oficinas com a juventude e uma vigília inter-religiosa. Mas ela não fica só em Brasília. Essa semana Laudato Si vai acontecer em todas as regiões do Brasil”.
O segundo tempo acontece no mês de junho, com a campanha Junho Verde. Esta, na verdade, é uma proposta da CNBB, que no ano de 2022 virou lei. O intuito é voltar a atenção para promover ações educativas dentro do contexto ambiental.
“Nossa campanha aqui é reforçar esse apelo para que as Igrejas, nas mais distintas realidades, se empenhem durante o mês de junho a promover esse debate, a promover essas questões, a trabalhar de forma mais empenhada e mais específica a respeito da ecologia integral”.
E a terceira e última etapa é o momento de criação, uma ação realizada internacionalmente, em que somos convidados a partir para a prática, com ações efetivas.
“Ela vai do dia 1º de setembro, que é o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação até o dia 4 de outubro, que é o dia de São Francisco de Assis. Então nesse terceiro tempo, nós queremos também renovar o apelo, renovar mobilização para que a Igreja no Brasil se empenhe em participar, em promover em criar e propor ações, processos e eventos voltados para a questão da ecologia integral”.
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