A Defesa Civil informou que 163 pessoas morreram pelas enchentes no Rio Grande do Sul, 72 continuam desaparecidas. A tragédia atingiu mais de 2,3 milhões de moradores. Até o momento, foram resgatadas mais de 82 mil pessoas e 12 mil animais.
94% dos municípios foram atingidos pelas chuvas desde o fim de abril. 650 mil pessoas tiveram de deixar suas casas e 72 mil estão vivendo em abrigos. Chuvas fortes voltaram a cair na capital Porto Alegre (RS), enchendo de água lugares onde já havia escoado, e locais que não haviam sido atingidos pelas primeiras enchentes, também estão sendo alagados.
O Exército teve o trabalho prejudicado com o retorno das chuvas. Duas passarelas flutuantes foram levadas pela força da correnteza no interior do estado na quinta-feira (23). Uma delas atravessava o Rio Forqueta, entre Arroio do Meio e Lajeado, no Vale do Taquari, enquanto a segunda estava localizada no Rio Pardo, em Candelária, Vale do Rio Pardo.
Dom Jaime Spengler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Arcebispo de Porto Alegre relatou ao site Vatican News como está a reconstrução da capital gaúcha, e celebrou que a energia elétrica voltou em algumas áreas depois de duas semanas no escuro.
"Isso certamente trouxe um pouco de serenidade para tantos moradores da região. Podemos imaginar a situação das pessoas com mais idade que moram em andares altos e em alguns edifícios sem energia elétrica, e sem poder sair à rua para a aquisição de itens básicos para o dia a dia. Também foi aberto nesses dias uma via provisória de saída e entrada para cidade o que tem facilitado o trânsito seja para quem vem a Porto Alegre, seja para quem precisa sair de Porto Alegre".
Outro aspecto positivo citado pelo Arcebispo foi a chegada de bombas de sucção para retirar a água parada de regiões baixas da cidade, da limpeza de estabelecimentos e de Igrejas que estavam submersas.
"Também em algumas regiões da cidade de Porto Alegre começa-se a trabalhar na limpeza das casas, ruas, lojas, empresas. O mesmo se diga de cidades da região metropolitana. Cidade de Eldorado do Sul é talvez a cidade mais atingida. Foi muito bonita a iniciativa e a disposição de vários padres do vicariato de Guaíba de cooperar para limpeza da Igreja Matriz, que ficou totalmente debaixo da água, da casa paroquial de Eldorado do Sul".
O grande desafio é atender quem está retornando para casa, pois a maioria está com a roupa que estavam vestindo no momento das cheias e a Igreja local tem a necessidade de trazer a esperança para esta população. Para a jornalista Camila Morais, da TV Aparecida, Dom Jaime falou desta missão para toda a Igreja Católica neste momento de recomeço e solidariedade.
"Sempre recordar que somos frágeis, e que somos irmãos e irmãs! Através daquilo que somos, seja pela natureza, por aquilo que somos chamados, isso se torna o grande trabalho da Igreja, não só nesse contexto, mas em todos os momentos da vida social. Nosso mundo, às vezes tende a se deixar levar por ideologias, mas precisamos de generosidade, de pensamento, de coração e de fé".
No Portal A12, você confere dicas da Cáritas Brasileira para organizar de maneira correta a doação de itens essenciais aos gaúchos, como: água potável, álcool, purificadores de água, material de higiene pessoal, pilhas, lanternas, absorventes, produtos como enxaguante bucal, fraldas geriátricas, lenços umedecidos, comida para animais de estimação e roupas adequadas para o frio, essenciais para garantir a sobrevivência e o bem-estar da população atingida.
.:: Quem deseja fazer uma contribuição aos irmãos do Rio Grande do Sul, façam diretamente pelo PIX 33685686001041 (CNPJ), em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil — Regional Sul 3. Outra opção é através da Cáritas Brasileira através do PIX 33654419.0010-07 (CNPJ) ou por depósito bancário para: Conta Corrente: 55.450-2 / Agência 1248-3 (Banco do Brasil).
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