Após a conclusão da Novena em honra ao primeiro santo brasileiro, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, em Guaratinguetá (SP), a comunidade franciscana junto aos fiéis vindos de diversas regiões, celebrou com alegria a grande Festa dedicada ao santo, no dia em que a Igreja faz sua memória litúrgica, 25 de outubro.
Entre os dias 16 e 26 de outubro, as celebrações contaram com a participação de sacerdotes de diferentes Dioceses e comunidades que guiaram reflexões sobre o tema “Com Frei Galvão, cultivemos a paz com toda a criação”.
No sábado (25), a programação contou com seis Missas e uma Procissão Solene. A celebração que abriu o dia festivo, às 7h, foi presidida por Frei Paulo Roberto Pereira, Ministro da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, OFM.
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No início, toda a comunidade presente acolheu as relíquias de primeiro grau do santo: seu fragmento ósseo, o cordão do seu hábito franciscano, símbolo da sua consagração religiosa, especialmente venerado por mulheres no momento do parto, além das “pílulas do Frei” e pequenas orações em latim enroladas em papel.
Frei Paulo começou a homilia ressaltando o tema da festa, saudou os frades e os mais de quatrocentos voluntários que a fizeram acontecer. Em nome do Conselho provincial, agradeceu o privilégio de reencontrar a história da ordem religiosa neste Santuário.
“Formamos uma grande família: os devotos presentes e aqueles que acompanham de tantos outros lugares. É motivo de gratidão ver como cresce a devoção a São Frei Galvão e conhecer esse franciscano que viveu em Guaratinguetá”, afirmou.
Frei Paulo refletiu sobre o sentido espiritual do Santuário, destacando-o como casa de oração, fé e ternura, onde o ser humano redescobre o cuidado e a delicadeza que o mundo tem perdido.
O frei lembrou que o Santuário é também lugar de romaria, uma peregrinação interior que convida a reencontrar a essência da fé, vivida com coragem e autenticidade pelos apóstolos Pedro e Paulo. Esse reencontro fortalece o batismo e o chamado à vocação cristã, levando cada pessoa a desejar a santidade próxima e possível.
Por fim, destacou o exercício da humildade como fundamento da vida cristã: “Fomos criados da terra, e tudo o que se afasta da humildade, como a ganância ou a prepotência, nega nossa natureza.” Citando São Paulo, lembrou que Deus escolhe os simples para realizar grandes obras.
Em entrevista ao Portal A12, Frei Paulo falou que o fruto esperado a partir da Novena e Festa, deve ser uma experiência pessoal de encontro com o Senhor, que não pode ficar guardada. A santidade proposta pela Igreja é de ser “fermento na massa, luz no mundo”:
“Todo mundo que rezou aqui ou que vem rezar, que saiba disso: vai se encontrar com o Senhor, vai buscar a santidade para si mesmo, mas ela só será completa se puder ser santidade para as demais pessoas”.
Ele deixou uma mensagem a cada fiel de que ser santo, como São Frei Galvão, é viver a partir das coisas simples: o acolhimento, a escuta atenta das necessidades do outro, a devoção a Nossa Senhora e o serviço fiel à Palavra de Deus.
Testemunho de fé pela intercessão do Santo
Dentre os muitos devotos de Frei Galvão, o A12 encontrou uma família da cidade de Guaratinguetá (SP) que foi agradecer pela graça alcançada: a vida do João Paulo.
A avó do pequeno, dona Maria Rosa, contou que a filha não podia engravidar e, quando completou dez anos de casada, descobriu que trazia o menino no ventre.
Posteriormente, Luciene, mãe de João Paulo, enfrentou uma trombose que segundo os médicos colocaria em risco sua vida ou a do bebê.
Nessa situação, a família se apoiou na fé e contou com a intercessão do santo, ao qual dona Maria Rosa fez uma promessa.
“Passamos por muito sofrimento e dor, tanto na gravidez do João Paulo quanto na da Gabriela Maria. Foram muitos desafios, muitas vacinas... Mas, pela graça de Deus e a intercessão de Frei Galvão, hoje eles estão aqui conosco. Isso nos mostra que Frei Galvão é um santo milagroso, quando temos fé, recebemos as graças e as bênçãos", concluiu.
Oração diária da Novena há 17 anos
Já imaginou ser fiel à oração da Novena a Frei Galvão diariamente por dezessete anos? Essa é a experiência de Vicente de Paula da Silva, de 84 anos, de São João de Rei (MG) que foi até Guaratinguetá (SP), sozinho para a Festa.
Essa devoção profunda, registrada a cada dia em seu caderninho, se mantém viva pelas intenções da sua família e pela paz que deseja para o mundo.
"Eu sempre recebo uma graça. A gente nunca deve esquecer, tem que sempre perseverar para conseguir. Já peguei umas pílulas dele, de vez em quando eu tomo (...) a senhora da agência ligou para minha casa três vezes para ver se eu vinha sozinho mesmo, aí minha irmã disse pode deixar! Graças a Deus, nem uma dor de cabeça eu tenho, o que já é uma graça."
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Fonte: Colaboração: Andreza Galvão
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