A Fundação Pontifícia ACN (Ajuda à Igreja que Sofre) atualizou na última terça-feira (22), o “Relatório Perseguidos mas não Esquecidos: 2020-22”, que se trata de um levantamento sobre o Cristãos oprimidos por sua fé nos últimos dois anos.
Leia MaisPapa demonstra preocupação com Bispo preso na Nicarágua Bispo preso fala que São João Paulo II sofreu muito na NicaráguaDentro deste documento, existem informações como testemunhos exclusivos, resumos de incidentes, estudos de caso e uma análise das nações para saber se estão sendo alvos de perseguições, e os números preocupam.
No levantamento foi apontado que em 75% dos 24 países pesquisados, a opressão ou perseguição aos cristãos aumentou, principalmente na África, onde mais de 7600 Cristãos nigerianos supostamente assassinados entre janeiro de 2021 e junho de 2022 por causa da violência terrorista de militantes não estatais.
Pela primeira vez nos 29 anos de história da pesquisa, todos os 50 países mais ofendidos atingiram “altos” níveis de perseguição.
“Apesar de governos começarem a reconhecer a importância da liberdade de religião ou de crença, o presente relatório 'Perseguidos mas não Esquecidos' mostra que há ainda um longo caminho a trilhar para assegurar que a liberdade dos cristãos e de outras minorias, em todo o mundo, seja protegida. Parte do problema é uma percepção cultural equivocada, no Ocidente, que continua a negar que os Cristãos permanecem o grupo religioso mais perseguido”, diz o relatório da ACN.
A Coreia do Norte é o principal polo de perseguições no continente asiático, local onde a crença e a prática religiosa são rotineira e sistematicamente reprimidas.
Na Ásia, nacionalismo religioso desencadeou uma crescente violência contra os cristãos grupos nacionalistas budistas cingaleses e hindus cingaleses ativos na Índia e no Sri Lanka, respectivamente. As autoridades prenderam fiéis e interromperam os cultos da Igreja.
A Índia registrou 710 incidentes de violência anticristã entre janeiro de 2021 e o início de junho de 2022, impulsionados em parte pelo extremismo político. O estudo constatou que, no Oriente Médio, uma crise migratória ameaça a sobrevivência de algumas das comunidades cristãs mais antigas do mundo.
Na Síria, os cristãos despencaram de 10% da população para menos de 2% – caindo de 1,5 milhão pouco antes do início da guerra para cerca de 300 mil hoje em dia. Em países como Egito e o Paquistão, as meninas cristãs são rotineiramente sujeitas a sequestros e abusos sexuais.
O autor do relatório, John Pontifex, disse que "Perseguidos mas não Esquecidos: 2020-22” fornece “um testemunho em primeira mão e estudos de caso provando que em muitos países os cristãos estão sofrendo perseguição – façamos tudo o que pudermos para mostrar que eles não são esquecidos".
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Fonte: ACN Brasil / Vatican News
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