Notícias

República Tcheca recebe assembleia europeia do Sínodo

200 delegados se reúnem na capital Praga para refletir como deve ser o processo de escuta das igrejas locais para o "caminhar juntos"

Escrito por Redação A12

06 FEV 2023 - 15H07 (Atualizada em 06 FEV 2023 - 16H06)

prague.synod2023.org

Foram abertos os trabalhos da Assembleia Sinodal Europeia na manhã desta segunda-feira (6) em Praga, capital da República Tcheca, com 200 participantes, 156 delegados das conferências episcopais da Europa (CEE) e 44 convidados diretamente pela Presidência da CEE, como representantes das “realidades eclesiais mais representativas”, a nível europeu.

Leia MaisVigília ecumênica em intenção pelo Sínodo dos Bispos será no próximo sábado (30)Celam divulga informações em português da fase continental do SínodoEsta etapa continental do processo escolheu como tema "Alarga o espaço da tua tenda" (Is 54, 1-3

"Deve ser evidente para todos, que o bom êxito do processo depende da participação ativa do povo de Deus e dos pastores. Um exercício adequado da sinodalidade nunca coloca estes dois sujeitos em competição, mas os coloca em constante relação, permitindo que ambos cumpram sua própria função", o cardeal Mario Grech, secretário geral do Sínodo.

A escuta que sustenta a sinodalidade

"Para muitos, ouvir corresponde a uma inútil perda de tempo, que favorece e até justifica aqueles na Igreja que querem fazer polêmicas, permitindo-lhes criar empecilhos", continuou o Cardeal.

Dom Mario ainda ressalta que ouvir é o princípio que sustenta e regula o exercício da sinodalidade e, no Documento preparatório, os bispos têm pedido para ouvir a todos, mesmo os mais distantes, talvez tomando como certa a escuta daqueles que participam da vida da Igreja.

Wikipedia
Wikipedia


Outro ponto abordado em sua reflexão
foi o da oportunidade que temos ao lidar com o silêncio em nossa vida espiritual.

"Se alguém não pôde porque falhamos em ouvir, somos chamados a verificar no que falhamos. Mas se ele não quis, devemos entender as razões. A maneira mais verdadeira, que evita atalhos fáceis, é criar 'lugares' onde todos possam falar. Lugares de confronto, onde todos sintam que são ouvidos. A verdade na Igreja não depende do tom e do volume das declarações, mas do consenso que é capaz de criar precisamente a partir da escuta uns dos outros".

Esta segunda fase, de âmbito continental em torno dos três eixos da comunhão, participação e missão, pretende dar continuidade ao “processo sinodal de escuta, diálogo e discernimento”. Os trabalhos serão realizados até quinta-feira (9), andarão em torno de três questões, que o documento de referência já referido enuncia no seu ponto 106: que intuições ecoam nas experiências e realidades identificadas na primeira fase do processo sinodal?

Quais tensões, divergências, interrogações se destacam? 

Está previsto que no último dia, os participantes se pronunciem sobre um documento de conclusões e recomendações. Nos dois dias seguintes, os bispos participantes irão fazer o seu próprio discernimento, com base no documento conclusivo.

“Não tenham medo de falar nem tenham medo de escutar e de se esforçar por acolher e entender o outro, e também não tenham medo de mudar de opinião com base no que ouvem. E, através dos outros, acima de tudo, ouçam o Espírito”, disse o Cardeal Mario Grech.

.:: Sinodalidade: comunhão que gera missão

Fonte: Vatican News

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Carregando ...

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Redação A12, em Notícias

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.

Carregando ...