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Curso para bispos segue com programação no Rio de Janeiro (RJ)

"Antropologia integral e a crise da cultura atual" é o tema central da 33ª edição do curso que segue até esta sexta-feira (26)

Escrito por Redação A12

23 JAN 2024 - 10H55 (Atualizada em 25 JAN 2024 - 14H41)

Bruno Carvalho - Arquidiocese do Rio de Janeiro

33º Curso para os Bispos do Brasil, oferecido pela Arquidiocese do Rio de Janeiro continua sendo realizado no Centro de Estudos do Sumaré e segue até o dia 26 de janeiro. 80 bispos estão participando do encontro, que tem como tema central "Antropologia integral e a crise da cultura atual: reflexões, consequências e encaminhamentos". 

Leia MaisConferência Nacional dos Bispos do Brasil divulga retrospectiva de 2023Na abertura, o Cardeal Orani Tempesta, Arcebispo do Rio, ao saudar os participantes, ressaltou que: “a importância de tratar do tema da antropologia nos tempos atuais nos remete à necessidade de um aprofundamento sobre quem é o homem, para, somente então, nos debruçarmos sobre as crises que nos cercam em tantos setores da sociedade”.

A Santa Missa do segundo dia do Curso foi presidida pelo Cardeal Leonardo Steiner, Arcebispo de Manaus, que em sua homilia refletiu sobre a realidade de Deus que se faz peregrino com os homens no tempo.

“Deus, no nosso tempo, não deseja ser preso à finitude humana, mas deseja participar da peregrinação da finitude. Jesus, nas suas parábolas, lembra sempre do Reino de Deus. Essa é a casa, um abrigo, uma proteção que não é estática, pois se coloca na dinâmica do peregrinar do Semeador: Deus é um grande semeador, incansável, generoso, abundante. Seu desejo é apenas semear a graça do Reino de Deus”.

Bruno Carvalho - Arquidiocese do Rio de Janeiro
Bruno Carvalho - Arquidiocese do Rio de Janeiro


Já o Cardeal José Tolentino Mendonça, na primeira conferência realizada na quarta-feira (24), ministrou sobre a cultura do diálogo como serviço da Igreja sinodal.

“A convicção reencontrada de que todos os batizados são discípulos e missionários, corresponsáveis na vida e na missão da Igreja, compromete internamente o conjunto da comunidade com o diálogo fecundo de carismas e ministérios para o serviço do advento do Reino e externamente a projeta no diálogo com o mundo”.

A segunda conferência foi conduzida por Dom Ignazio Sanna, Arcebispo Emérito de Oristano (Itália) e presidente da Pontifícia Academia de Teologia. O Bispo deu uma definição do conceito de pós-modernidade.

“Penso que uma contribuição para enfrentar e, em certa medida, resolver esses nós antropológicos é dada pela concepção da antropologia cristã do homem como imagem de Deus. Esta concepção, de fato, constitui em primeiro lugar a base teórica e prática do conceito de dignidade do homem, que fundamenta e solidifica a ‘humanidade’ do homem”.

Bruno Carvalho - Arquidiocese do Rio de Janeiro
Bruno Carvalho - Arquidiocese do Rio de Janeiro


No período da tarde, os participantes tiveram uma agenda cultural. Visitaram o AquaRio, maior aquário marinho da América do Sul, que conta com 10 mil animais de 350 espécies diferentes, também visitaram a Igreja da Venerável Irmandade do Príncipe dos Apóstolos São Pedro e fizeram a oração das Vésperas. A visita cultural terminou com um concerto na própria Igreja de São Pedro, apresentado pelo Coro da Princesa, ligado à Escola de Música Cristo Redentor. 

Durante a Santa Missa celebrada na manhã de terça-feira (23), o Cardeal Tolentino falou da necessidade de que o homem tenha um ponto de centralidade, a partir do qual possa conduzir os eixos dos vários âmbitos da vida.

Bruno Carvalho - Arquidiocese do Rio de Janeiro
Bruno Carvalho - Arquidiocese do Rio de Janeiro


"Se nós nos tornarmos todos mais cristológicos, com maior capacidade de partir de Jesus em cada dia, a Igreja vai transparecer verdadeiramente como seu Sacramento, como seu sinal, como sua presentificação na história de cada um dos nossos irmãos e na grande história”.

A abertura contou também com uma palavra do organizador do curso, Dom Joel Portella, Bispo auxiliar do Rio de Janeiro, que agradeceu a numerosa adesão dos bispos, e de uma partilha do bispo emérito dom Karl Josef Romer.

Para o programa Igreja em Saída, da TV Aparecida, Dom Joel falou da participação dos bispos no curso, sempre realizado no início do ano.

"Aquele que era um curso com uma pedagogia correspondendo ao século passado quando começou, hoje nós vamos assumindo outro ritmo. Tenho dito que formação permanente é uma condição de santificação, preciso me atualizar para responder aos desafios do tempo presente".

O Bispo auxiliar do Rio de Janeiro ressaltou o tema proposto para os estudos dos bispos em 2024. "Estamos vivendo um tempo de crise epocal, a tradicional mudança de época. Até que ponto podemos dialogar com essa concepção de ser humano, até que ponto ela corresponde aquilo que a fé nos ensina e conduzir a pastoral ao projeto do Criador que mostrou que é o ser humano". 

O curso foi organizado pela primeira vez em 1990, pelo então Arcebispo Cardeal Eugenio Sales, com o objetivo de reunir a cada ano o episcopado nacional para estudar, refletir e conviver a partir da abordagem de um tema que ajude os membros na compreensão do presente para melhor guiar o povo de Deus no Brasil. Convidando conferencistas especializados em diversas áreas, o curso proporciona um diálogo entre os bispos das mais diversas realidades, bem como se defrontar com temas que atingem diretamente a presença da Igreja na sociedade contemporânea.


No TJ Aparecida, Eduardo Gois conversa com Dom Leonardo Steiner


Fonte: Vatican News/Arquidiocese RJ

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