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XXI Encontro Nacional da Pastoral da Educação: “O descompromisso das autoridades com a educação”

Escrito por Lais Silva

25 AGO 2022 - 14H51 (Atualizada em 25 AGO 2022 - 17H33)

CNBB

O XXI Encontro Nacional da Pastoral da Educação (ENAPE), aconteceu neste mês de agosto, em Goiânia, e contou com a participação presencial de 120 educadores representantes dos regionais da CNBB e mais de 900 remotamente.Leia MaisCNBB lança e-book para o XXI Encontro Nacional da Pastoral da EducaçãoOs caminhos da educação no cotidiano e na escola católica

Esse foi o primeiro grande encontro que a arquidiocese recebe após o período de pandemia. O arcebispo de Goiânia e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e Educação, dom João Justino de Medeiros e Silva, ressaltou que o encontro lembrou da Campanha da Fraternidade 2022, que após 40 anos, voltou a aprofundar o tema da “educação”.

“Trabalharemos aqui para compreender a importância da Pastoral da Educação em nossas igrejas diocesanas. A identidade ou as identidades, ou seja, as muitas formas de realizar este pastoreio no âmbito da educação”.

Os participantes do encontro aprovaram uma carta com o título “Cremos na Educação”, no documento os educadores católicos compartilham “aquilo que o Espírito Santo suscitou como inspiração e chamado ao longo destes dias”.

A carta fez dura crítica em relação a educação no país, que passa por uma desvalorização de profissionais, o que impacta diretamente nos alunos, e “que se materializa no desmonte das políticas públicas educacionais, na falta planejamento e investimento, na má remuneração dos professores, na mercantilização do saber e no abandono das comunidades originárias, ribeirinhas e quilombolas”.

Eles lembram que a pandemia também impactou de forma intensa, além das famílias, negócios, projetos sociais, também os projetos da educação. A carta, assim como a mensagem deixada pela Campanha da Fraternidade, convida Igrejas, Pastorais da Educação, leigos, instituições e a sociedade como um todo a lutarem pela educação, somando forças com educadoras e educadores das redes pública, privada e confessional, reanimando nossa missão e engajando-nos com responsabilidade”.

Educação no Brasil

Em abril, a Agência Senado divulgou um relatório sobre os impactos da pandemia na educação. Um deles foi a movimentação nos bancos escolares, pressionados pela queda na renda de muitos pais que precisaram remanejar seus filhos de instituições privadas para públicas, e o maior número de transferências foi registrado na faixa etária dos 5 anos.

Outro aumento foi o número de evasão escolar. Muitas crianças e adolescentes pararam de frequentar a escola por falta de condições de chegar ao local, por ter que ajudar os pais em casa e até mesmo por não ter acesso à internet, já que a pandemia exigiu essa mudança e muitos municípios demoraram para conseguir proporcionar esse acesso a todas as crianças.

O relatório também apontou uma expectativa para a melhora desses dados e os trabalhos que já começaram a ser realizados neste ano de 2022.

Fonte: CNBB, Agência Senado

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