Creio que um poema de Dylan Thomas, poeta galês, pode nos ajudar nesta reflexão: “Não adentre a noite apenas com ternura. A velhice queima e clama ao cair do dia. Fúria, fúria contra a luz que já não fulgura”.
Quando chegarmos ao último estágio da vida e pudermos contemplar o nosso passado, será que veremos qual foi o sentido que optamos por aceitar para nossa vida? Todas as nossas escolhas determinam a nossa história, não é à toa que o imperador romano Marco Aurélio, em suas reflexões filosóficas, disse que tudo que realizamos em vida, ecoará na eternidade, pois aquilo que escolhemos seguir é o que dará o sentido para nossa vida. Leia MaisConfira 10 dicas dos Santos para viver o Ano Novo
Quando tratamos desta reflexão sobre o sentido da vida, devemos levar em conta que vivemos em tempos de incertezas, ou seja, numa sociedade pós-moderna, onde tudo muda constantemente e num ritmo acelerado. O sentido da vida não é dado a nós, terminado e pronto para ser vivido, ao contrário, devemos construí-lo a cada dia de nossas vidas.
Olhemos para a história e encontremos tantos personagens que ao longo da vida buscaram o sentido para suas vidas e somente quando vivenciaram uma experiência única com o Criador é que puderam caminhar rumo a um sentido que lhes desse a felicidade.
Abraão, caminhou rumo a terra prometida, tendo como promessa de Deus uma numerosa descendência, Moisés, durante os quarenta anos no deserto, guiou o povo na esperança de um dia entrarem na terra prometida, Davi, governou o povo de Judá, com a certeza que era os caminhos que Deus havia lhe preparado, todos buscaram caminhar a partir de suas experiências com Deus, num caminho que lhes dava felicidade e alegria na vida, mesmo diante de tantos percalços e desafios vividos.
Hoje, qual é o caminho que nos dá a felicidade verdadeira? Num tempo de incertezas e dúvidas, onde tudo é “líquido” e se esvai pelos dedos de nossas mãos, a certeza de que temos um sentido vivo e eficaz para nossas vida parece tão difícil.
A convicção que algumas pessoas ao redor do mundo carregam, é que lhes dão a força de continuar no caminho que lhes trazem a felicidade. E não uma felicidade passageira, mas duradoura que mesmo diante das dificuldades ela não se esvai. Quais certezas temos em nossas vidas, hoje? Se soubermos responder a essas questões que nos surgem, saberemos discernir o nosso sentido vivencial.
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