Quando tratamos sobre a desumanização nas redes, estamos tratando de um tema dentro da área da moral, que traz vários questionamentos. Um deles é o fato de que a maldade humana causa o sofrimento do outro e, diante das redes sociais digitais, tal mal é levado ao extremo com os “cancelamentos”, exposição do outro, “stalking”, entre outros atos.
Ao observarmos as redes sociais nos últimos anos, vemos um número crescente de atos que desmoralizam o outro. Vivemos numa “inquisição virtual”, onde pessoas leigas, que não possuem nenhuma formação criminalística, ou na área do direito, utilizam das redes sociais para julgar e condenar as pessoas, levando a atos extremos como a exposição do outro nas redes. Os “prints” expostos de conversas íntimas e pessoas nas redes têm se tornado cada vez mais presentes na sociedade digital.
Leia MaisA ética nas redes sociaisO impacto das redes sociais
Esse ato de exposição do outro, além de ser um mal moral grave, pois expõe as fragilidades do outro, leva-o ao sofrimento psíquico e em alguns casos ao suicídio.
Daí podemos fazer uma analogia entre os “inquisidores digitais” e os males das redes, pois é a partir desta desumanização do ambiente digital que encontramos o que há de mais perverso da humanidade.
O ato de publicar “prints”, por exemplo, além de ser um crime dentro da legislação penal brasileira, é um ato desumanizante no âmbito moral, pois fere a dignidade do outro.
Então, quais soluções existem para suprir esse mal?
Ainda é uma resposta muito complexa, pois deveria haver um ensino adequado sobre cidadania nas escolas, como forma de educar as crianças, adolescentes e jovens, não apenas sobre o modo de vivência na sociedade, mas também o uso correto das redes sociais.
Outro ponto, é deixar claro a questão das leis da internet, ou seja, mostrar ao público que o ambiente digital, hoje, não é mais uma terra sem lei, mas um lugar em que vigora uma legislação, de acordo com cada país.
Logo, o uso consciente das redes sociais torna-se um desafio diante da realidade social em que vivemos, onde a divisão e a falta de bom senso tem dominado o debate público. A precariedade do ensino público e a depravação moral têm ficado cada vez mais evidentes, e isso impacta no uso das redes.
Mas há uma luz de esperança, quando vemos pessoas utilizando conscientemente as redes sociais, tanto como um espaço social particular, mas também como um espaço de conscientização.
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