Em teoria, a laicidade, ou a exclusão da religião na administração do Estado, pode parecer possível e desejável, pois até inclui a noção de que o próprio Estado, não seguindo qualquer doutrina religiosa, ainda assim deve zelar para que as expressões espirituais sejam legítimas. Mas não cabe aqui expor a inviabilidade prática e intelectual desta ideia (pois é impossível ao ser humano administrar com justiça qualquer atividade sem se remeter à ética e à moral, que dependem diretamente de noções espirituais e religiosas).
Na prática, é impossível o bom funcionamento de um Estado laico em relação às questões de fé. O que constatamos no mundo é a cada vez maior perseguição religiosa. A título de “igualdade”, o Estado começa a interferir nas legítimas manifestações da alma, como proibindo que numa sociedade de maioria confessional “A” sejam exibidos os seus símbolos, especialmente em locais e atividades públicas…
Como a democracia (governo da maioria) tem que respeitar, em primeiro lugar, as minorias, quando se fundamenta no pressuposto contrário? Daí se seguem, por exemplo, interferências no ensino particular de colégios confessionais, supostamente livres, que já não podem ensinar mais a sua fé, sendo pressionados a nada ensinar de religião ou a ensinar “várias formas de espiritualidade”: como assim, se o colégio é confessional e respaldado pela diretriz democrática (especialmente quando eventualmente representa a religião mais seguida no país?).
Nenhuma religião não tem o direito, moral ou jurídico, de forçar os demais a segui-la; da mesma forma os ateus não têm qualquer direito de impor aos que creem o seu ateísmo, particular ou socialmente. Muito menos em questões fundamentais como Governo, Direito e Ensino.
Portanto, o testemunho cristão – Católico – deve suplantar quaisquer "respeitos humanos" que se queiram impor. Em primeiro lugar por Deus, se de fato cremos e obedecemos a Ele; também para a nossa salvação pessoal, e porque o nosso testemunho coerente, que faz o bem concreto aos irmãos, só pode ser manifestado na vivência corajosa da Fé.
“...Chamaram novamente os apóstolos, e depois de surrá-los, ordenaram que nunca mais falassem em nome de Jesus. (...) os apóstolos saíram do Conselho, contentes por terem sido julgados dignos de sofrer essas afrontas pelo Nome de Jesus. Não cessavam de ensinar todos os dias no Templo e pelas casas...” (At 5,40-42).
Esta mesma atitude frente à perseguição no século I é necessária hoje e até o final dos tempos, diante de governos não católicos. É só este o equilíbrio possível do testemunho católico diante do Estado laico, ou qualquer outro. Já os respeitos humanos “politicamente corretos” de Pilatos o levaram a, plenamente consciente da inocência de Cristo, condená-Lo à morte, na cruz, precedida de torturas, para agradar aos judeus e, supostamente, a César.
Rezemos pela alma de Pilatos: quem sabe, até o final da sua vida, arrependeu-se, foi perdoado por Jesus, e talvez o conheçamos no Céu... se não o imitarmos, nós, no pecado de querer agradar antes aos homens do que a Deus.
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