Na catequese desta quarta-feira (09), o Papa falou sobre como o amor próprio e egoísta pode alienar o mundo da misericórdia de Deus e deixou uma explicação sobre as motivações para a realização de um Ano Santo da Misericórdia.
“Na nossa época de profundas mudanças, a Igreja é chamada a oferecer a sua contribuição peculiar, tornando visíveis os sinais da presença e da proximidade de Deus. E o Jubileu é um tempo favorável para todos nós, porque contemplando a Misericórdia Divina, que ultrapassa todo e qualquer limite humano, podemos nos tornar testemunhas mais convictas e eficazes", disse o Papa.
Dirigir o olhar a Deus, significa concentrar a atenção no conteúdo essencial do Evangelho, isto é, Jesus Cristo, disse o Papa. “Este Ano Santo nos é oferecido para experimentar na nossa vida o toque doce e suave do perdão de Deus, a sua presença ao nosso lado e sua proximidade sobretudo nos momentos de maior necessidade", frisou Francisco.
Este Jubileu é um momento privilegiado para descobrir o que mais agrada a Deus. "E o que mais agrada a Deus?", indagou o Papa. "O que mais agrada a Deus é perdoar os seus filhos, usar de misericórdia para com eles, a fim de que possam, por sua vez, usar de misericórdia e perdoar os seus irmãos", refletiu o Santo Padre.
"O que mais agrada a Deus é perdoar os seus filhos, usar de misericórdia para com eles, a fim de que possam, por sua vez, usar de misericórdia e perdoar os seus irmãos", disse o Papa.
Citando Santo Ambrósio, o Papa disse que Deus ficou tão satisfeito por ter criado o homem e a mulher porque, assim, tinha a quem perdoar. “A alegria de Deus é perdoar. A essência de Deus é a misericórdia", enfatizou.
"Nesse ano devemos abrir o coração, para que esse amor e essa alegria de Deus nos encha dessa misericórdia", completou.
Por meio da vivência da misericórdia, está a "edificação de um mundo mais humano", especialmente em uma época que "o perdão é um hóspede raro nos âmbitos da vida humana".
Para aqueles que não buscam contemplar a misericórdia, por acreditar que existem outras realidades mais importantes e urgentes, o Santo Padre lembra que "na raiz do esquecimento da misericórdia, sempre está o amor próprio, o egoísmo".
Francisco disse ainda que essa busca pessoal e egoísta "aliena" a misericórdia do mundo, e como é uma realidade tão atual e frequente, o homem e a mulher não são "capazes de as reconhecer como limite e como pecado".
"É necessário reconhecer que somos pecadores para reforçar em nós a certeza da misericórdia divina", sublinhou.
Por fim, ensinou aos fiéis uma 'oração fácil', para reconhecer diariamente a condição de pecador e implorar o perdão do Senhor: “Senhor, vem com a tua misericórdia”.
E concluiu:
“Queridos irmãos e irmãs, faço votos de que, neste Ano Santo, cada um de nós faça experiência da misericórdia de Deus. É ingênuo acreditar que isso possa mudar o mundo? Sim, humanamente falando é loucura, mas o que é loucura de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é fraqueza de Deus é mais forte do que os homens", finalizou.
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