Recentemente, o Papa Francisco lançou um livro que revela seu lado poético, em uma coletânea de escritos sobre a arte da poesia. Intitulado “Viva a Poesia!”, o livro reúne reflexões do Pontífice sobre o poder transformador das palavras poéticas.
Durante a apresentação, o cardeal Víctor Manuel Fernández, prefeito do Dicastério para a Doutrina da Fé, compartilhou como a poesia foi uma luz nos momentos difíceis da vida do Papa, e também como ela ajuda a redescobrir o mundo ao nosso redor de uma forma mais profunda.
“Confiar na poesia não significa escapar, nem entrar em um mundo paralelo; significa, em vez disso, redescobrir esse mesmo mundo de uma maneira mais profunda, redescobrindo-o sob outros reflexos”.
O Papa acredita que a arte poética tem um papel essencial na transmissão do conhecimento, pois permite que nos conectemos com outros mundos e realidades de uma forma diferenciada.

A poeta Maria Grazia Calandrone, que também participou do lançamento, destacou como a poesia do Papa se apoia na realidade, tocando em sua materialidade e poder invisível.
“Este livro me surpreendeu, porque está presente o que levei várias décadas para entender sobre poesia. O Papa Francisco fala dos núcleos fundamentais da poesia. Citando Baudelaire, ele se refere às Correspondances, ou seja, ao corresponder-se de coisa com coisa, que é, portanto, o segredo último da poesia”.
O Padre Antonio Spadaro, que organizou a coletânea, também ressaltou o impacto profundo da poesia no magistério de Francisco. O Papa sempre buscou uma linguagem nova e poderosa para expressar a fé, reconhecendo a importância da criatividade e da imaginação para comunicar o Evangelho. Para ele, a poesia é mais do que uma forma de arte: é uma forma de ver o mundo com novos olhos, de entender as verdades que muitas vezes não conseguimos expressar.
Em seu livro, o Papa explica como a poesia nos ensina a ver a beleza nas pequenas coisas, a nos abrir ao desejo e à surpresa que a vida nos oferece. Para ele, é através da poesia que conseguimos tocar o coração das pessoas e transmitir a mensagem de Cristo de forma genuína e transformadora. Ele faz um apelo para que a poesia volte a ocupar um lugar central nas universidades e na educação, porque, como ele mesmo diz, “a poesia nos ajuda a sermos mais humanos”.

Para o Padre Spadaro, o Pontífice entendeu que no mundo o desafio está na narrativa, não apenas nas coisas em si:
“Até mesmo telefonar para o pároco de Gaza, sem fôlego, do hospital, é uma narrativa, alternativa e diferente daquela a que estamos acostumados, e é um gesto poderosamente poético. A esperança é criativa, porque o homem nasce 'homo homini lupus' (que age de forma predatória ou desumana), mas quando algo quebra essa norma, torna-se criativo, ou seja, poético. Portanto, a piedade, a misericórdia e a esperança são gestos tão criativos quanto uma obra de arte”.
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Fonte: Vatican News
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