Naquela manhã de Páscoa, ninguém sabia — talvez nem ele — que aquele seria o último giro do Papa Francisco de papamóvel na Praça São Pedro.
Mas há algo na alma dos grandes da Igreja que pressente o momento certo, mesmo que em silêncio. E Francisco, mesmo cansado, mesmo fragilizado, escolheu oferecer ao mundo seu último gesto: um sorriso, um aceno, um olhar cheio de ternura.
“Você acha que eu consigo?”, o Santo Padre perguntou, com a humildade de quem sempre confiou mais na força de Deus do que na própria.
Ao seu lado, como anjo discreto, estava Massimiliano Strappetti, o enfermeiro que o acompanhou por tantos dias e noites, que o salvou ao sugerir que ele se submetesse a uma cirurgia de cólon em 2021 e se tornaria seu assistente pessoal de saúde desde 2022, e que agora o encorajava a dar mais esse passo.
“Vamos. O povo espera por você.”
E Francisco foi.

O papamóvel cruzou a Praça, onde as crianças sorriram, os aplausos ecoaram, e os corações se abriram.
Naquele momento, Francisco não apenas voltou à Praça após um grande período adoentado, ele se despediu dela — não com tristeza, mas com a serenidade de quem viveu até o fim com fidelidade à sua vocação.
Na noite que se seguiu, o Papa descansou. O jantar foi tranquilo, a oração silenciosa. Ao amanhecer, o céu o chamou para sua Páscoa definitiva.
Entre suas últimas palavras, um “obrigado”. Obrigado por trazê-lo de volta à Praça São Pedro. Obrigado por permitir que o Pontífice se despedisse de sua forma preferida: entre o povo, com simplicidade, com amor.
Apesar de parecer uma partida brusca, Francisco partiu como viveu: com doçura, coragem e entrega.
E quem estava lá no Vaticano naquele domingo de Páscoa, quem viu aquele semblante cansado, talvez tenha percebido — mesmo sem saber — que era um adeus do Papa.

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Fonte: Vatican News
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