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Santo Padre

Papa Leão XIV inicia nova catequese sobre o mistério pascal

Leão XIV convida os fiéis a viverem a Eucaristia no dia a dia e refletirem sobre o verbo “preparar”, em nova catequese jubilar para as Audiências Gerais

Escrito por Redação A12

06 AGO 2025 - 10H18 (Atualizada em 06 AGO 2025 - 11H39)

Vatican Media

Na Audiência Geral desta quarta-feira (6), o Papa Leão XIV iniciou um novo ciclo de catequeses. O tema central é o mistério pascal: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

Com linguagem simples, o Pontífice propôs aos fiéis uma reflexão sobre a importância de se preparar espiritualmente para o encontro com Cristo, destacando o verbo “preparar” como chave de leitura do Evangelho.

A nova etapa faz parte do caminho jubilar, que tem convidado os católicos a redescobrirem o rosto de Cristo. “Continuamos a nossa caminhada jubilar para descobrir o rosto de Cristo, em quem a nossa esperança toma forma e substância”, afirmou o Papa.

A meditação partiu do Evangelho de Marcos, no trecho em que os discípulos perguntam a Jesus onde Ele deseja celebrar a Páscoa (Mc 14,12-13).

Jesus responde com um detalhe curioso: um homem carregando uma bilha de água. Para o Papa, esses elementos escondem uma verdade para nossa vida: “O amor não é fruto do acaso, mas de uma escolha consciente. Não é uma reação simples, mas uma decisão que exige preparação.”

Segundo Leão XIV, a imagem da sala preparada no andar superior representa o cuidado de Deus. Ele sempre se adianta às nossas necessidades.

“Antes mesmo de percebermos que precisamos de ser acolhidos, o Senhor já preparou um espaço para nós, onde nos podemos reconhecer e sentir seus amigos.”

Esse espaço é também o nosso coração. Mesmo vazio, pode ser transformado em lugar de comunhão. “Jesus não enfrenta a sua paixão pelo destino, mas pela fidelidade a um caminho que abraçou e percorreu com liberdade e cuidado”, explicou. E acrescentou: “É isso que nos consola: saber que o dom da sua vida vem de uma intenção profunda, não de um impulso imediato.”

Um dos pontos fortes da catequese foi o alerta do Papa sobre o risco de transformar a preparação espiritual em ativismo ou cobrança. Para o Santo Padre, preparar-se para a Eucaristia significa abrir espaço interior, e não acumular tarefas.

“Ainda hoje, como então, há uma ceia a preparar. Não se trata apenas da liturgia, mas da nossa disponibilidade para participar num gesto que nos transcende. A Eucaristia celebra-se não só no altar, mas também na vida quotidiana, onde é possível experimentar tudo como oferta e ação de graças.”

O Pontífice relembrou que Jesus preparou o Cenáculo mesmo sabendo que seria traído e negado. “Enquanto eles ainda não compreendiam, enquanto um estava prestes a traí-lo e outro a negá-lo, Ele preparava uma ceia de comunhão para todos.”

Que Páscoa você precisa preparar?

Ao final da catequese, o Papa fez um convite prático aos fiéis: preparar a Páscoa, não só liturgicamente, mas também nas situações da vida. E propôs uma reflexão: “Que espaços da minha vida preciso de reorganizar para estar pronto para acolher o Senhor? O que significa ‘preparar’ para mim hoje?”

A resposta pode estar nos pequenos gestos: ceder, ouvir, confiar. “Talvez signifique renunciar a uma exigência, deixar de esperar que o outro mude, dar o primeiro passo. Talvez signifique ouvir mais, agir menos ou aprender a confiar no que já foi predisposto”, sugeriu.

Leão XIV encerrou com uma oração em forma de desejo: “Que o Senhor nos conceda ser humildes preparadores da sua presença. E, nesta disponibilidade diária, cresça em nós aquela confiança serena que nos permite enfrentar tudo de coração aberto. Pois, onde o amor estiver pronto, a vida pode verdadeiramente florescer.”

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Apelo pela paz e contra armas nucleares

Ao final da audiência, o Papa recordou os 80 anos dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. “Apesar do passar dos anos, esses acontecimentos trágicos servem como um alerta universal contra a devastação causada pelas guerras, e em particular pelas armas nucleares.”

Na mensagem enviada ao bispo de Hiroshima, Leão XIV reforçou: “Espero que, no mundo atual, marcado por fortes tensões e conflitos sangrentos, a ilusória segurança baseada na ameaça da destruição recíproca dê lugar aos instrumentos da justiça, à prática do diálogo e à confiança na fraternidade”.

:: Milagre de Hiroshima: a proteção do Santo Rosário em meio à 2ª Guerra

Fonte: Vatican News

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