Santuário Nacional

Santuário Nacional celebra a Paixão do Senhor com a presença de fiéis

Após dois anos distantes do Tríduo Pascal do Santuário, por conta pandemia, devotos enchem a Casa da Mãe nesta Sexta-Feira Santa

Escrito por Guilherme Gomes

15 ABR 2022 - 17H15 (Atualizada em 18 ABR 2022 - 11H52)

Thiago Leon

Leia MaisMeditação da Via-Sacra: o Calvário de Cristo refletido no sofrimento humano atualMissa de lava pés: "A vida de Jesus foi um lava pés até a Cruz"Dom Orlando na Missa do Crisma: "Deus confiou aos padres o Seu povo"A celebração da Paixão do Senhor aconteceu nesta Sexta-Feira Santa (15), no Altar Central do Santuário Nacional.

Após dois anos sem a presença dos fiéis por conta da pandemia, a celebração desta tarde contou com a presença dos devotos de Nossa Senhora, que encheram a Casa da Mãe para acompanharem um dos pontos altos do calendário litúrgico da Igreja Católica.

No mais profundo silêncio, a celebração iniciou às 15h em ponto, como manda a tradição da Igreja.

Na cerimônia presidida por Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Arquidiocese de Aparecida (SP), o primeiro ato do celebrante e dos concelebrantes Missionários Redentoristas foi de reverência a Cristo: prostrando-se diante do Altar, como sinal de penitência e humildade.

Thiago Leon
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A Sexta-Feira Santa tem como
centro das celebrações a Cruz, símbolo do amor de Jesus por toda a humanidade. O dia é reservado ao silêncio, ao recolhimento e a meditação sobre o Cristo morto na Cruz, enquanto aguardamos, reflexivos, a ressurreição do Senhor na noite da Páscoa.

Após o anúncio da Paixão de Cristo, segundo Jo 18, 1 – 19, 1 – 42, Dom Orlando Brandes saudou os presentes no Santuário Nacional e também quem acompanhou o ato pela Rede Aparecida de Comunicação.

No início da homilia, o Arcebispo de Aparecida citou Santo Afonso de Ligório para falar da Paixão de Cristo: 

Santo Afonso nos ensina a amar os desprezos. Quanto desprezo existe no mundo entre marido e esposa, pais e filhos. Entre nosso povo. Vamos amar os desprezos. E eles não nos farão mal. Amando os desprezos, estaremos vivendo na prática a Paixão de Cristo“.

Dom Orlando Brandes baseou a homilia no Cordeiro Imolado:

Cordeiro, que eu não esconda, de baixo do tapete, meus defeitos. Pelo contrário, que eu apresente meus defeitos diante do seu sangue”, refletiu.

E continuou:

Cordeiro Imolado, eu muitas vezes tenho a tentação de silenciar desejos ocultos, que eu deveria verbalizar e falar para alguém, e fico doente por conta disso. Que diante do Seu Coração transpassado, eu saiba abrir o meu coração”, pediu.

Dom Orlando ainda lembrou do conflito na Ucrânia e pediu a intercessão do Cordeiro pelas crianças que sofrerão pelo resto da vida por vivenciarem o trauma de uma guerra:

Cordeiros inocentes que sofrerão a vida inteira por causa desse trauma. Nesse sentido, essas crianças já foram feridas. Ó Jesus, Cordeiro Imolado, curai essas crianças inocentes da Ucrânia”, pediu o Arcebispo.

Ao fim da homilia, Dom Orlando rezou a Oração Universal junto com Padre Eduardo Catalfo, C.Ss.R., Reitor do Santuário Nacional.

Thiago Leon
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O
tradicional beijo na cruz, habitualmente dado pelos fiéis no crucifixo, voltou a acontecer no Santuário Nacional. Os fiéis se enfileiraram após o término da celebração, para adorar Jesus.

Mensagem aos Missionários Redentoristas

Dom Orlando, antes de finalizar a celebração, se dirigiu aos Missionários Redentoristas, como faz todos os anos na Sexta-Feira da Paixão, para relembrar e homenagear o papel de atuação da Congregação. O Arcebispo fez relação com os pedidos do Santo Padre, Papa Francisco:

O Papa Francisco, queridos Redentoristas, diz assim: 'Eu quero uma Igreja para pobres'. Santo Afonso, logo após criar a Congregação, diz o mesmo. O Papa diz que quer uma Igreja em saída. E foi o que fizeram vocês a vida inteira. Igreja em saída e missionária”, rezou Dom Orlando.

Thiago Leon
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E continuou:

Papa Francisco quer uma Igreja da misericórdia. A moral de Santo Afonso é uma moral da misericórdia. Papa Francisco quer uma Igreja Santa. Santo Afonso dizia que quem entrar na Congregação vai ser Santo. Que cada um de nós seja um redentor, redentora, sendo uma Igreja missionária”, disse o Arcebispo.

E finalizou pedindo palmas aos presentes no Santuário Nacional:

Para eles (Missionários Redentoristas), nesse dia, uma calorosa salva de palmas”, pediu Dom Orlando Brandes.

Programação

Às 18h, haverá, no Santuário Nacional, a Procissão do Senhor Morto.

A programação do Tríduo Pascal na Casa da Mãe continua no sábado (16) e também no Domingo de Páscoa (17).

Clique aqui para conferir os horários das celebrações e acompanhe pela Rede Aparecida de Comunicação e pelas redes sociais do Santuário de Aparecida e do Portal A12.

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