A todo instante, presenciamos momentos e atitudes que nos deixam desestabilizados, amedrontados e até sem esperança. Não é fácil, e torna-se até mesmo escandaloso não compactuar com ideias que são empregadas como se fossem garantidoras de dignidade.
Este é um tempo que provoca a Igreja a sair das sacristias existenciais e geográficas para ir ao encontro dos mais empobrecidos, a fim de garantir-lhes voz em meio a tantos ruídos pífios.
Nós, Missionários Redentoristas, somos impelidos a vestir a camisa da esperança em favor dos mais frágeis, aqueles que foram denominados pelo 25º Capítulo Geral da Congregação do Santíssimo Redentor como “feridos da sociedade”, dando respostas concretas, que acalentam e que descortinam a cegueira da desesperança, concedendo uma visão límpida aos nossos destinatários, que são os parceiros da missão.
É isso que consta em nossa Constituição nº 20: “Os Redentoristas são fortes na Fé, alegres na esperança, fervorosos na caridade, inflamados no zelo, humildes e sempre dados à oração (...) seguindo contentes a Cristo Salvador, participam de seu mistério e anunciam-no com evangélica simplicidade de vida e de linguagem, pela abnegação de si mesmos, pela disponibilidade constante para as coisas mais difíceis, a fim de levar aos homens a Copiosa Redenção”.
A esperança que nós, Redentoristas, devemos estar imbuídos não é uma esperança de espera, mas de transformação, que concede vida em meio à morte que assombra.
Mais do que nunca, as pessoas estão desanimadas, exaustas, cansadas de tanta espera. Outrora disse Paulo Freire: “Quem espera na pura espera, vive um tempo de espera vã”. Assim, não devemos nos omitir; temos de nos lançar em favor daqueles aos quais fomos chamados a servir: os mais pobres e abandonados, segundo o projeto de nosso Pai Fundador Afonso de Ligório, a fim de não deixar os nossos abandonados e desprezados.
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Que todos sejamos repletos de esperança e que ela nos ajude a ter motivos concretos e impulsionadores para podermos comprovar, um dia, que a palavra de Jesus Cristo foi posta em prática, transformando-se em vida: "Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância" (João 10,10).
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