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Os 40 Mártires de Sebaste

O imperador romano Licínio, mesmo depois do Edito de Milão de 313, que conferia liberdade religiosa aos cristãos, voltou a persegui-los. Decretou a morte daqueles que não renegassem a Fé e jurassem aos deuses romanos. Relatos de São Basílio e São Gregório de Nissa contam desse período o martírio de 40 soldados romanos cristãos, pertencentes à famosa Legião XII, “a fulminante”, servindo em Sebaste, Capadócia (atual Turquia, então capital da província da Armênia Menor); na mesma época e local ocorreu o martírio de São Brás.

Os 40 decidiram assinar uma carta coletiva, atualmente uma relíquia discriminando seus nomes, na qual afirmavam permanecer fiéis a Cristo e que não incensariam aos ídolos. A carta foi entregue ao governador de Sebaste, o general Agricola, que ordenou ao comandante da legião, Lísias, que os prendesse e torturasse, o que foi feito com correntes e ganchos de ferro. Em seguida, foram encaminhados a um lago. Era inverno, e foram obrigados a ficarem nus durante a noite, na água gelada, para morrerem de frio. Um deles declarou: “Ao tirarmos as roupas, nos despojamos do homem velho (…)”.

Na margem, foi colocado um abrigo com água aquecida, para quem quisesse apostatar e escapar da sentença. Um dos soldados o fez, mas, imediatamente morreu. Conta-se que em seguida um dos guardas, proclamando a Cristo como verdadeiro Deus, despiu-se e entrou no lago para se juntar aos mártires, tornando a completar o número de 40.

Pela manhã, os corpos foram recolhidos e colocados num transporte para serem queimados. Descobriram então que havia ainda um soldado vivo, o mais jovem deles. Os guardas decidiram tentar que abjurasse a fé e não o levaram para o transporte, mas a mãe do rapaz, ali presente, o exortou a perseverar. Colocou-o ela mesmo junto aos corpos dos companheiros, dizendo: “Vai, meu filho, terminar essa feliz viagem junto com teus camaradas. E não te apresentes por último a Deus”. E os acompanhou, com alegria no rosto, até a fogueira.

No dizer de São Basílio, estes soldados entraram no Céu como uma tropa que marcha. A lembrança do seu martírio, por volta do ano 320, coincide com a Quaresma, para encorajar os católicos no caminho da Fé.

Colaboração: José Duarte de Barros Filho



Reflexão:

A frieza deliberada da maldade contrasta com o calor dos corações ardentes de Fé. O exemplo destes soldados, que de fato combateram o bom combate (cf. 2Tm 4,7), é ainda enriquecido pelo gesto maior de amor de uma mãe que preferiu a morte física do filho a sabê-lo no inferno. É preciso resistir às legiões de erros, pressões e enganos que as tentações apresentam para nos congelar a alma, confiando na ajuda de Deus e apoiando-nos uns aos outros com a oração e a caridade.

Oração:

Senhor, Deus dos Exércitos, concedei-nos pelos méritos, exemplo e intercessão dos santos 40 mártires de Sebaste que sejamos leais combatentes no Vosso amor, unidos, soldados uns aos outros pela mesma Fé, para vitoriosamente queimar tudo aquilo que, na carne, possa nos consumir o espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo e Maria, Nossa e Vossa Mãe, que não hesitou em imolar o Seu Filho natural para a salvação dos Seus filhos adotados, acompanhando-O e apoiando-O até o fim. Amém.

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