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S. João XXIII e S. João Paulo II: papas marianos!

Escrito por Pe. Antonio Clayton Sant’Anna, C.Ss.R.

29 ABR 2014 - 00H00 (Atualizada em 27 ABR 2021 - 15H49)

O 2º domingo da Páscoa tornou-se festa da Divina Misericórdia por iniciativa do Papa João Paulo II, reverenciando, no ano 2000, a Encarnação de Jesus Cristo. Nos insondáveis desígnios da Divina Misericórdia, justamente nesta data (dia 27/04/2014) foram canonizados João Paulo II e João XXIII, dois papas que souberam discernir os sinais de Deus nos tempos modernos e semear neles as sementes do Verbo.

João XXIII, o Papa bom, com ousadia profética convocou o Concílio Vaticano II, impensável até então por seus assessores mais próximos. A iniciativa do recém-eleito, com 77 anos, contrariava a propalada expectativa sobre um pontificado de transição.

João Paulo II mobilizou o mundo cristão para celebrar o Jubileu de Jesus Cristo. Em seu longo pontificado - 27 anos - foi incansável peregrino do Evangelho até iniciar o 3º milênio. O impacto da canonização será absorvido logo na sucessão voraz dos fatos. Importa preservar os exemplos, ensinamentos e testemunhos da vida santa dada por eles. Este é o sentido maior do ato que ficará para a Igreja e sua história.

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Papa João XXIII


Ambos distinguiram-se no culto a Nossa Senhora. Incentivaram muito a devoção ao Rosário. No curto pontificado de João XXIII, entre as 8 Encíclicas publicadas, uma foi intitulada: “Grata recordação”. Além de relembrar, incentivava a recitação do Rosário para colocar o Concílio sob a proteção de Nossa Senhora. Já o Papa João Paulo II, na encíclica “Redemptoris Mater” (A Mãe do Redentor- 1987), durante a preparação para o Jubileu da encarnação de Jesus, analisa o caminhar de Nossa Senhora na fé segundo as Escrituras e os Concílios, enfocando o Magnificat. Em 2002, publicou a Carta Apostólica o Rosário da Virgem Maria.

Em suas afirmações e conteúdo, esses documentos mostram um coração cheio de filial amor a Maria. No último, João Paulo II surpreendeu a Igreja acrescentando os mistérios luminosos (ou mistérios da luz). Escreveu: “O Rosário é a minha oração predileta. Oração maravilhosa! Na simplicidade e na profundidade… Recitar o Rosário nada mais é senão contemplar com Maria o rosto de Cristo”. “Nunca como no rosário o caminho de Cristo e o de Maria aparecem tão profundamente unidos. Maria só vive em Cristo e em função de Cristo!

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Papa João Paulo II


Pretensos observadores da mídia e do mundo onde pontifica o jogo de interesses materiais viram a canonização como manobra da política eclesiástica, procurando equilibrar tendências divergentes no seio da Igreja. Eles não conseguem superar (ou não querem) a visão meramente temporal e “respeitar” o dado da fé.  Para nós, fiéis discípulos de Cristo, o que importa é a santidade. Não importam as opiniões dos homens enquanto procuram apenas o “espetáculo” ou a “polêmica”.

Seguindo os exemplos e conselhos de São João XXIII e São João Paulo II, queremos imitar Maria na peregrinação da fé, conservando-nos fiéis à Igreja do Senhor. Ela continua sendo obra do Espírito do ressuscitado: o senhor da vida e da história.

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