São José de Anchieta: um ano da canonização

No dia 3 de abril de 2014 o papa Francisco assinou o decreto de canonização do beato José de Anchieta, um dos jesuítas fundadores da cidade de São Paulo e o Patrono da Academia Marial. O “apóstolo do Brasil” é considerado pela Igreja um exemplo de evangelização, foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1980 e tornou-se santo mesmo sem ter milagres comprovados. O processo de canonização foi aberto há mais de 400 anos e, segundo o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, sua demora estava ligada a uma “campanha de difamação”, feita contra a ordem dos jesuítas.

O artigo do Dr. Edson Sampel elucida a “canonização equipolente”, utilizada na canonização do Padre Anchieta, pela qual não foi necessário milagres comprovados. Nesta altura da história, mais de 400 anos depois não era viável comprovar milagres do passado.

Primeiramente marcado para o dia 02 de abril como foi noticiado em Canonizado o patrono da Academia Marial de Aparecida, o decreto foi assinado no dia 03 de abril , por razões da agenda do Papa Francisco. E na missa de Ação de Graças pela canonização, Papa Francisco saudou São José de Anchieta como aquele que soube comunicar a alegria.

Reveja ainda o Especial José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil. Série de 5 capítulos produzida pela Rádio Aparecida,  traz um pouco da história do Patrono da Academia com pinceladas do famoso “Poema à Virgem”, escrito nas areias da praia de Iperoig:

 Esta ferida do peito, ó Mãe, é só Tua,
Somente Tu sofres com ela, só Tu a podes dar.
Dá-me acalentar neste peito aberto pela lança,
Para que possa viver no Coração do meu SENHOR!

Entrando no âmago amoroso da piedade Divina,
Este será meu repouso, a minha casa preferida.
No sangue jorrado redimi meus delitos,
E purifiquei com água a sujeira espiritual!
Embaixo deste teto que é morada de todos,
Viver e morrer com prazer, este é o meu grande desejo.