- A primeira comemoração é o centenário da primeira aparição, em 13 de maio de 1917, de Nossa Senhora de Fátima (a “Senhora da Mensagem”, como A chamou o Papa São João Paulo II, que foi baleado na Praça de São Pedro, no Vaticano, precisamente no dia 13 de maio de 1981), aos três pastorzinhos portugueses — os bem-aventurados Lúcia de Jesus dos Santos (10) e seus priminhos Francisco (9) e Jacinta (7) Marto.
Juntamente com este evento de 13 de maio de 1917, recordem-se outros dois de relevância mundial, também em 1917: na Rússia, estourava a revolução bolchevista, doutrina política e sistema social materialista, preconizado por Vladimir Lenine e implantado naquele país nesse mesmo ano de 1917; em Roma, o Papa Bento XV conferia a ordenação episcopal ao “monsignor” Eugênio Pacelli (41) – (pax coeli: paz do Céu; futuro Papa Pio XII e hoje Servo de Deus), e lhe confiava o arcebispado de Sardi e a nunciatura apostólica na Baviera (Alemanha), missão esta que ele recebeu no mesmo dia 13 de maio de 1917, data da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima.
- A segunda comemoração é o tricentenário da miraculosa “pesca” da pequenina imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, “acontecida” em outubro de 1717; essa imagem pequenina evoca-nos o piedoso Hino paranaense a Nossa Senhora do Rocio: “És pequenina; no entanto, / é o teu poder tão profundo, / que uma só dobra do teu manto / enxuga o pranto do mundo!”).
- A terceira comemoração a ser celebrada em outubro de 2017 foi recentemente ressaltada pelo frade capuchinho italiano, frei Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia, em pregação quaresmal sobre o tema “De uma fé acreditada para uma fé vivida” (L´Osservatore Romano, 27/03/2014, pág. 5).
Trata-se do pentacentenário do conhecido movimento religioso do século 16, a chamada “Reforma Protestante”, desencadeada pelo frade agostiniano alemão Martinho Lutero, em 31 de outubro 1517.
Refletindo sobre esta terceira comemoração, surpreendemo-nos a meditar a emblemática declaração do pastor batista norte-americano Martin Luther King, assassinado em 4 de abril de 1968, quando ele exclamou: “I had a dream” – “eu tive um sonho”…
Sonhos de paz e convivência fraterna; anseios ecumênicos a convocar cristãos à plena comunhão na Fé, conclamando todos a cantar e viver o salmo levítico da fraternidade: “Oh! Como é bom, como é agradável os irmãos viverem juntos!” (Sl 133, 1).
Padre Aury Maria Azélio Brunetti
(*) É membro da Academia Marial
Recém ordenado padre aos 80 anos, viúvo, Padre Aury é formado em Jornalismo e Música. Autor e tradutor de várias obras de caráter religioso e pedagógico, entre elas “Cursos de preparação para ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística”.
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