Por Academia Marial Em Catequese Atualizada em 02 OUT 2017 - 11H01

Em Maria realizou-se a bem-aventurança da paz

Em Maria realizou-se a bem-aventurança da pazA experiência da paz traz ao coração humano a maior alegria. Maria viva a bem-aventurança da paz porque estava “cheia de graça”. Cheia de Deus! 

Por isso, grávida de Jesus foi servir a prima Isabel que, embora idosa e estéril, concebera João Batista. Isabel declarou à prima: ao receber você, senti o espírito Santo em mim, e o menino remexeu-se de alegria no meu ventre. Você é mulherbem-aventurada e traz oum fruto bendito no ventre!

O relato bíblico da Visitação de Maria a Isabel enfatiza a felicidade que vem da paz. Deus é sua fonte em nós e na história. A presença solidária da Virgem amenizou os preparativos do parto para o casal Isabel e Zacarias. Brotavam alina simplicidade da situação as bem-aventuranças com a chegada do Príncipe da Paz: Jesus, anunciado por Isaías 9,6.

Os profetas bíblicos foram arautos da paz: ideal comunitário de cidadania, preservação da vida e instrumento necessário na construção de uma nova sociedade, a dos tempos do Messias!

Isaías tem a visão profética do tempo messiânico: ele criaria um mundo de paz, onde todos poderiam usufruir a verdadeira liberdade, a alegria de viver. Ao povo desanimado no exílio, o profeta recorda a promessa do Senhor Deus: se no futuro o “dinheiro” não fosse buscado como um ídolo (um deus falso) todos teriam voz e vez na sociedade, dignidade e alimento (Is 55,1-5). A paz do Messias seria o remédio para a sociedade devorada em suas entranhas por corrupção, ambição, violências.

Quando Jesus veio, o povo bíblico sofria, sob as lideranças civis e religiosas, os privilégios dos poderosos, a pobreza, a invasão e ocupação romana do país, reprimindo a ferro e fogo qualquer princípio de revolta.

Nosso mundo está saturado de violências e ameaças à vida, à pessoa, ao bem-estar, ao progresso, à verdade, ao amor. Trânsito assassino, insegurança pública, desconfiança generalizada, descrédito do Congresso, impunidade da corrupção política. Mundo sem paz! Pleno de desamor e mesmo de ódio ao outro. Não faltariam hoje profetas da paz, pessoas corajosas cultivando a conversão, o convívio pacífico? Apesar do progresso tecnológico, desenha-se um futuro sombrio.

É ampla a riqueza de conteúdo da palavra paz na Bíblia: difícil traduzi-la. Indica a soma de todos os bens materiais e espirituais, promessa de vida abundante e feliz a quem a procura. E a promove em fraternidade. É a característica do reinado de Deus, inaugurado por Jesus, acolhido pelo “sim” de Maria.

O gesto de caridade de Nossa Senhora serviu à família de Isabel e transparecia a sua felicidade íntima: a bem-aventurança da paz. Ela, portadora do “Príncipe da Paz”, viveu com Ele. Com Ele sofreu sem perder a paz.

Junto a seu Filho de Belém ao Calvário, Maria nos ensina a sermos construtores da paz, sendo fiéis a Deus e solidários com os irmãos. Visitemos pela campanha da Fraternidade os ambiente sociais onde o tráfico humano produz feridas na convivência Pacífica. 

Padre Antonio Clayton Sant’Anna, CSsR, é
diretor da Academial Marial de Aparecida
Publicado no Jornal Santuário de Aparecida
20 de julho de 2014
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