Por Academia Marial Em Catequese Atualizada em 02 OUT 2017 - 10H36

Por Maria, a cheia da Graça, dedicamo-nos a Jesus!

Por Maria, a cheia da Graça, dedicamo-nos a Jesus!Qualquer celebração, rito, ato religioso da Igreja tem seu fundamento no mistério de Cristo salvador, o ressuscitado que venceu o pecado e a morte. Ainda que o calendário faça memória só de Nossa Senhora, dos santos e dos anjos, há sempre a relação profunda com Jesus. Mas, e a celebração do dia 9 de novembro:a dedicação da igreja intitulada Basílica de São João de Latrão? É um edifício! Por que o calendário cristão venera uma Basílica que está em Roma? Não é só por ser a catedral do Papa como bispo da Diocese romana. O histórico da comemoração supõe um simbolismo cristológico profundo. Lá pelos anos 314 d.C. os cristãos puderam finalmente se reunir em público para os ritos sacros. Construída e sagrada, a basílica foi dedicada ao santíssimo salvador e passou a ser considerada cabeça e mãe de todas as igrejas católicas. O simbolismo bíblico-teológico é o da fé em Jesus ressuscitado com Senhor da sua Igreja-povo. Depois que o corpo crucificado de Jesus Cristo foi glorificado junto a Deus, ele passou a ser para nós o “templo único e verdadeiro” da graça, do perdão, do amor divino. Além da utilidade funcional das igrejas como lugares de reunião e celebrações, os cristãos(ãs) dos primeiros séculos se irmanaram como “igreja viva”, “corpo do Senhor”. São Paulo nas suas cartas usa várias comparações: o povo de Deus; o rebanho de Cristo; o edifício espiritual; o corpo do Senhor. Fica expresso que Jesus “é a Cabeça do Corpo que é a Igreja. É o princípio, o primogênito dentre os mortos…” (CL1,18; EF5,23).

56_2Mas esse mistério de Cristo e da Igreja tornou-se “lugar concreto” antes de tudo no “sim” de Maria a Deus aceitando a encarnação de Jesus. No seio virginal da imaculada donzela, visibilizou-se o amor salvador da Trindade santa manifestado no Verbo feito carne. Maria foi a primeira igreja viva, o templo sagrado petrificado da Graça do Filho do Altíssimo, acolhida por ela antes de todos os santificados. Por isso, “agrada-nos ver Maria como a única criatura capaz de carregar o divino sobre a terra… Jesus escolheu para si uma mãe única, digna da sua encarnação” (unidade e Carisma, 4, p.24.2008). Nela foi aberto o caminho para a nossa identificação com Jesus na filiação divina. Devido à união batismal em seu nome, cada cristão(ã) é um templo vivo, é igreja viva de Deus, é moradia do Espírito Santo. “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Pois o templo de Deus é sagrado e este templo sois vós” (1Cor 3,17). A união eclesial entre nós é maravilhosamente representada na unidade especial e única entre Maria e o Verbo. Ela foi comparada à Arca da Aliança. Quanto mais a veneramos mais nos identificamos com seu Filho… Ela que se dedicou totalmente a Deus nos ajude a preservar a vida divina em nós e na sociedade. 

*Diretor da Academia Marial

Artigo para o Jornal Santuário de 09/11/2014

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