A Igreja contempla Maria como “modelo insubstituível da vida eucarística” — escreve Bento XVI em sua exortação apostólica Sacramentum caritatis (22 de fevereiro de 2007, nº 96). Seguindo este tema, o Papa estende, prolonga o ensino de seu predecessor, João Paulo II, que qualificara a Virgem como “mulher eucarística”. Leia MaisQuinta-feira é dia de adoração ao Santíssimo. Saiba o porquê!
Visto que o Corpo de Cristo, que recebemos na Comunhão, é o verdadeiro corpo nascido da Virgem Maria (cf. Ave verum Corpus natum de Maria Virgine), percebemos, de imediato, o laço profundo que une Maria à Eucaristia.
A Missa não é o único sacrifício de Cristo que sacramentalmente se torna presente? Então, como é que Maria não estaria associada a cada uma de nossas eucaristias, assim como estava presente no drama do Calvário (João 19,25)?
Efetivamente, toda a vida de Maria é eucarística. Meditando sobre sua “peregrinação na fé" (vaticano II), aprendemos a viver a Missa na escola de Maria. Seria necessário meditar sobre cada mulheres, bendito é o uma das cenas marianas dos Evangelhos...
Para vivenciar a Missa na escola de Maria
Vocês já notaram que a cena da Anunciação, como é relatada por São Lucas, segue de alguma forma, o esquema da Missa? Inicialmente, temos a saudação do Anjo, assim como temos a do celebrante, para a assembleia: “Dominus vobiscum, o Senhor esteja convosco!” Em seguida, temos a inquietação da virgem, que corresponde à liturgia penitencial.
A escuta da mensagem do Anjo, que corresponde à liturgia da Palavra. A pergunta da Virgem “Como é que isso vai acontecer?” não é aquela à qual deve responder toda a homilia? De que forma a Palavra proclamada tornar-se-á real, viva, de que forma tornar-se-á “carne”, em nossas existências? A única resposta possível é a que foi expressa pelo Anjo: “o Espírito Santo virá sobre ti”. Eis a *epiclese da Missa.
O mesmo Espírito Santo que oferece a Maria a graça de conceber a carne do Filho de Deus, faz, do pão e do vinho, o Corpo e o Sangue do Senhor. Quanto entusiasmo na reposta de Maria: “Fiat, ó sim, faça-se em mim, segundo a vontade do Senhor!”
Não é, na verdade, com esta solicitude, com este desvelo amoroso, que o comungante pronuncia um sonoro Amém, no momento em que o padre lhe apresenta o Corpo de Cristo? (...) “Então, o Anjo a deixou.” Chegamos ao momento da despedida: “Ide, na Paz de Cristo!”
*Epiclese, invocação ao Espírito Santo, na celebração eucarística, especialmente nas liturgias da Igreja oriental.
p. Guillaume de Menthiêre
Fonte: rosarium.op.org
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