HOMILIA – 24º. DOMINGO DO TEMPO COMUM
SANTUARIO NACIONAL DE NOSSA SENHORA APARECIDA
30 ANOS DA ACADEMIA MARIAL DE APARECIDA
9º. CONGRESSO MARIOLÓGICO
tema: A ICONOGRAFIA DE APARECIDA – A TEOLOGIA DA IMAGEM
A primeira leitura do profeta Isaias nos prepara para compreender melhor a mensagem de Jesus no evangelho de hoje. O texto de Isaías descreve a vocação de um personagem misterioso, chamado “Servo do Senhor”, como a de um profeta. A missão do profeta comporta sofrimento, dificuldades, revezes, mas experimenta, também, a ajuda de Deus que é mais forte do que o sofrimento e por isso não se deixa abater pelo desânimo. Os primeiros cristãos viram neste “servo sofredor” a figura de Jesus na sua paixão.
Marcos, no evangelho de hoje, nos apresenta Jesus iniciando seu caminho para Jerusalém, onde dará sua vida para a salvação do mundo.
Após terem visto as obras extraordinárias realizadas por Jesus e escutado seus belos ensinamentos, Jesus faz uma pergunta fundamental aos discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro é o primeiro a reconhecer Jesus como o Messias, e em nome dos discípulos, responde: “Tu és o Messias”.
Na segunda parte do evangelho, vemos que a fé de Pedro e dos discípulos ainda é imperfeita. Pedro e os discípulos, de acordo com a mentalidade da época, esperam um libertador político, nacionalista, que veio para terminar com ocupação romana.
Ao anunciar sua paixão, morte e ressurreição, Jesus se opõe a estas figuras do Messias esperado e escolhe o caminho do seguimento da vontade de Deus em sua vida, que é um caminho difícil, que comporta sofrimento e morte, e aqueles que se tornam seus discípulos devem seguir também o mesmo caminho; devem estar conscientes de que o seguimento de Cristo comporta renúncia, sacrifício, esforço. “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”. Os discípulos só irão entender o que significa ser o Messias depois da paixão, morte e ressurreição de Jesus.
O caminho de Jesus não termina com a paixão e com a morte, mas com a ressurreição, com a vitória sobre a morte e o pecado: “o Filho do Homem deve ser morto e ressuscitar depois de três dias”.
Assim também o caminho do discípulo de Cristo não termina na morte, mas o conduz a vida. “Quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho, diz Jesus, vai salvá-la”.
O evangelho de hoje convida a cada um de nós a fazer a si mesmo a pergunta: quem é Jesus para mim? O que Ele representa para a minha vida? O apóstolo São Tiago na segunda leitura nos adverte que a nossa fé em Jesus Cristo deve ter consequências, implica traduzi-la em gestos de amor. “A nossa fé se não se traduz em obras, por si só está morta”. Traduzir nossa fé em obras de amor é viver para Deus na solidariedade, na partilha e no serviço aos irmãos.
Que a comunhão do corpo do Senhor na Eucaristia nos fortaleça e nos ajude a seguir a Cristo com todas as exigências e a coerência que exige a nossa fé.
Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida, SP
HOMILIA – 24º. DOMINGO DO TEMPO COMUM
13/09/2015
SANTUARIO NACIONAL DE NOSSA SENHORA APARECIDA
30 ANOS DA ACADEMIA MARIAL DE APARECIDA
9º. CONGRESSO MARIOLÓGICO
tema: A ICONOGRAFIA DE APARECIDA – A TEOLOGIA DA IMAGEM
O PAPEL DE MARIA NO MISTÉRIO DE CRISTO E DA IGREJA
A primeira leitura do profeta Isaias nos prepara para compreender melhor a mensagem de Jesus no evangelho de hoje. O texto de Isaías descreve a vocação de um personagem misterioso, chamado “Servo do Senhor”, como a de um profeta. A missão do profeta comporta sofrimento, dificuldades, revezes, mas experimenta, também, a ajuda de Deus que é mais forte do que o sofrimento e por isso não se deixa abater pelo desânimo. Os primeiros cristãos viram neste “servo sofredor” a figura de Jesus na sua paixão.
Marcos, no evangelho de hoje, nos apresenta Jesus iniciando seu caminho para Jerusalém, onde dará sua vida para a salvação do mundo.
Após terem visto as obras extraordinárias realizadas por Jesus e escutado seus belos ensinamentos, Jesus faz uma pergunta fundamental aos discípulos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro é o primeiro a reconhecer Jesus como o Messias, e em nome dos discípulos, responde: “Tu és o Messias”.
Na segunda parte do evangelho, vemos que a fé de Pedro e dos discípulos ainda é imperfeita. Pedro e os discípulos, de acordo com a mentalidade da época, esperam um libertador político, nacionalista, que veio para terminar com ocupação romana.
Ao anunciar sua paixão, morte e ressurreição, Jesus se opõe a estas figuras do Messias esperado e escolhe o caminho do seguimento da vontade de Deus em sua vida, que é um caminho difícil, que comporta sofrimento e morte, e aqueles que se tornam seus discípulos devem seguir também o mesmo caminho; devem estar conscientes de que o seguimento de Cristo comporta renúncia, sacrifício, esforço. “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”. Os discípulos só irão entender o que significa ser o Messias depois da paixão, morte e ressurreição de Jesus.
O caminho de Jesus não termina com a paixão e com a morte, mas com a ressurreição, com a vitória sobre a morte e o pecado: “o Filho do Homem deve ser morto e ressuscitar depois de três dias”.
Assim também o caminho do discípulo de Cristo não termina na morte, mas o conduz a vida. “Quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho, diz Jesus, vai salvá-la”.
O evangelho de hoje convida a cada um de nós a fazer a si mesmo a pergunta: quem é Jesus para mim? O que Ele representa para a minha vida? O apóstolo São Tiago na segunda leitura nos adverte que a nossa fé em Jesus Cristo deve ter consequências, implica traduzi-la em gestos de amor. “A nossa fé se não se traduz em obras, por si só está morta”. Traduzir nossa fé em obras de amor é viver para Deus na solidariedade, na partilha e no serviço aos irmãos.
Que a comunhão do corpo do Senhor na Eucaristia nos fortaleça e nos ajude a seguir a Cristo com todas as exigências e a coerência que exige a nossa fé.
Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida, SP
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