Simpósio marca um ano da canonização de José de Anchieta

 

São José de Anchieta, patrono da Academia Marial,  sua vida e contribuição para a cultura e cidadania brasileiras foram destaque de simpósio no dia 18 de março, promovido pelo Instituto Histórico Brasileiro e Academia Fé e Razão, no edifício João Paulo II, na Glória.

O arcebispo do Rio de Janeiro, cardeal Orani João Tempesta, abriu o evento, ressaltando a importância do espírito missionário na evangelização e o amor pela pátria. “O simpósio visa alicerçar a fé e aprofundar a reflexão sobre São José de Anchieta”, disse. “Este tema retrata aspectos dos jesuítas na evangelização, cultura, linguística. Sua fama de santidade se disseminou, mas não sua ampla devoção popular. É preciso resgatar sua figura no país. José de Anchieta escrevia poemas, realizava peças de teatro para evangelizar. Por meio de autos, seguindo o estilo do século XVI, registrou a gramática da língua nativa, o que conservou o idioma, além do uso de música para a evangelização. Soube perceber a cultura e fez penetrar o evangelho de Cristo, o que chamamos de inculturação, aproveitando a cultura para a fé. Foi um bravo homem que amou o Brasil. Ele sintetiza o espírito que devemos ter para anunciar a fé”. Dom Orani destacou ainda “sua criatividade literária, com a autoria de poemas como o famoso “Poema à Virgem”, por quem tinha grande devoção.”

O presidente da academia Fé e Razão, padre Aníbal Gil Lopes, também destacou a importância do evento. “Este simpósio marca a alegria da canonização de José de Anchieta e os 450 anos da fundação da cidade do Rio de Janeiro”, explicou. “José de Anchieta é artífice da nacionalidade brasileira. Um indivíduo que percorreu o país a pé ou de canoa, de uma cultura extraordinária, é uma figura que raramente é lembrada em relação a sua contribuição intelectual e para a cidadania”.

O simpósio contribuirá também para a produção de um livro sobre São José de Anchieta.