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VII Congresso Mariológico pontua reflexões sobre Maria no Vaticano II

omeçou nesta quinta-feira (2) o VII Congresso Mariológico no Santuário Nacional em Aparecida (SP). O Congresso pretende abrir reflexões sobre a pessoa de Maria no Concílio Vaticano II com o tema: ‘Maria na Vida da Igreja: graça e esperança’. O evento segue até domingo (05).

O VII Congresso Mariológico é uma parceria da Academia Marial de Aparecida com a Faculdade Dehoniana. No primeiro dia do congresso, estiveram presentes mais de 143 participantes, entre eles teólogos, religiosos, seminaristas e associados da Academia.

O congresso foi aberto pelo presidente da Academia Marial, o Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis.

O presidente destacou em seu discurso a satisfação ao constatar que o evento de 2013 trata especialmente, em cinco de suas conferências, de temas relacionados com o Concílio Ecumênico Vaticano II e também abre espaço para a dimensão ecumênica da Mariologia.

“Com grande satisfação nota-se que as cinco conferências deste Congresso estão tematicamente contextualizadas pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, cujos cinquenta anos estamos comemorando de 2012 a 2015. Após a primeira delas, que aborda propriamente a mariologia no Concílio, as demais aprofundam a recepção e o aprofundamento que essa importante temática teve após o Concílio. É causa de alegria também notar que a dimensão ecumênica da mariologia ocupará um espaço privilegiado das reflexões deste evento, são dedicadas a ela duas conferências”.

Logo em seguida, o diretor da entidade, o Missionário Redentorista, padre Antonio Clayton Sant’Anna, acolheu os congressistas lembrando que o evento acontece dentro do Ano da Fé e dos 50 anos do Concílio Vaticano II.

“O VII Congresso Mariológico da Academia Marial acontece como uma instância de participação do Santuário Nacional na caminhada do Ano da Fé, com o qual, o emérito papa Bento XVI conclamou toda a Igreja a celebrar os 50 anos do Concílio Vaticano II. Estamos dentro desse contexto relembrando os ensinamentos do Concílio que são cada vez mais válidos cinquenta anos depois”.

Teólogos, religiosos, associados da Academia Marial e demais participantes ouviram a conferência de abertura proferida pelo padre João Carlos Almeida, conhecido como padre Joãozinho, doutor em Educação pela USP, em Teologia pela PUC-SP e em Espiritualidade pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, professor de Mariologia na Faculdade Dehoniana.

Padre Joãozinho introduziu em sua fala a reflexão central do congresso.  “O VII Congresso Mariológico trata de Maria no Vaticano II. É disso que se trata: Maria no Vaticano II”, enfatizou padre Joãozinho.

O tema deste ano: ‘Maria na Vida da Igreja: graça e esperança’ aborda aspectos da devoção mariana e outros desdobramentos e aplicações pastorais da Igreja, a partir da Constituição Dogmática Lumen Gentium, um importante documento do Concílio Vaticano II, promulgado em 1964. O conferencista introduziu os congressistas nessa proposta do evento no início de sua fala.

“Estamos nos preparando aqui nesse congresso para comemorar os 50 anos do documento mais importante de um concílio ecumênico sobre Maria. Isso dito pelos maiores mariólogos. O capítulo oitavo da Lumen Gentium é o texto mais importante sobre Maria que um concílio ecumênico já promulgou. E esse é o tema desse Congresso Mariológico e nós temos a tarefa de mergulhar profundamente nesse texto já que ele é tão importante. Saber de onde ele surgiu e o que é que ele nos propõe com desdobramentos práticos na Mariologia”.

Padre Joãozinho apresentou um dilema a resolver pelo Concílio, o de “superar a instrumentalização de Maria, por uma devoção de duvidoso valor como bandeira da catolicidade e transformá-la em ícone. Ícone é modelo, é arquétipo, é espelho”, afirmou o conferencista.

O conferencista finalizou sua palavras destacando que o elemento mais marcante do Concílio Vaticano II no que se refere à Marialogia foi “tirar Maria de um certo isolamento”.

“A Marialogia anterior ao Concílio ela estava praticamente emancipada dos outros tratados teológicos, inclusive quem era professor de Marialogia não era professor de outros tratados. O Concílio Vaticano II trouxe Maria para dentro da Igreja. Ou seja, no âmbito soteriológico, no âmbito da salvação, a Marialogia se torna lugar de encontro entre os diversos tratados”, completou.

Com isso, padre Joãozinho finalizou a sua conferência destacando que após o Concílio, Maria se tornou o “ícone da humanidade, da catolicidade, da eclesialidade, ícone da vida religiosa e consagrada. A Igreja olha para Maria e se enxerga”, finalizou.

Nesta sexta-feira o congresso continua com a participação do Irmão Afonso Murad, doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e a professora Maria Antonia Marques, doutora em Ciências da Religião, com aprofundamento na história e literatura do Antigo Israel.

No sábado (04) o padre Marcial Maçaneiro, doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e o pastor Rui Luís Rodrigues, membro da Comunidade evangélica Carisma de Osasco (SP) e doutor em História Social pela USP, abrem reflexões sobre o diálogo ecumênico nas perspectivas católica e evangélica.

O encerramento do VII Congresso Mariológico está previsto para domingo (05) no Santuário Nacional com uma celebração eucarística às 8h.

 
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