Por Pe. Domingos Sávio da Silva, C.Ss.R. Em Revista de Aparecida

A humanidade recomeça com Noé (Gn 8,1-9,17)

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O arco-íris, sinal da aliança de Deus com a humanidade


O dilúvio acabara, “as águas secaram sobre a terra” (Gn 8,13). Deus ordena a Noé sair da arca com familiares e todas as espécies de animais: “sejam fecundos e se multipliquem sobre ela’” (v. 17). Um sadio resto da humanidade retoma o projeto do Criador.

Noé oferece sacrifícios aceitos por Deus: “Não amaldiçoarei nunca mais o solo por causa do ser humano, porque o coração humano está inclinado para o mal desde a adolescência” (v. 21).

O catequista crê: Deus jamais amaldiçoa nem castiga. Mas, vive tal familiaridade com Ele, que chega a Lhe atribuir essa humana fraqueza de às vezes cedermos à ira e à vingança. Ou, já nos alerta: se Deus Se arrepende de Se vingar, por que ainda temos essa praga no coração?

A Misericórdia constata: “o coração humano está inclinado para o mal desde a adolescência”. Mas, é com esse coração que sela aliança:

“Ponho meu arco nas nuvens e este será o sinal da aliança entre mim e a terra. “Quando eu reunir as nuvens sobre a terra e aparecer o arco nas nuvens, “eu me lembrarei de minha aliança que há entre mim e vós e todos os seres de toda espécie; e não haverá mais as águas do dilúvio para destruir todo ser vivo” (Gn 9,13-15).

Ele depõe para sempre as armas, Seu poder punidor. Mas, se é aliança d’Ele conosco, espera a correspondência de nossa parte: que assumamos esse idêntico desarmamento de coração e atitudes para com Ele, para com nossos semelhantes, para com Sua e nossa indefesa natureza-jardim!

Espera nossa parte. Mas, se falhamos, Ele jamais falhará: “se (Lhe) somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo” (2Tm 2,13). Se uma única vez não fosse fiel a Si, à aliança selada conosco, amando-nos gratuitamente por piores que fôssemos, deixaria de ser Si mesmo, não mais seria Deus. Eis a mensagem central do dilúvio bíblico. É demais, não?

  •  O que o Deus do dilúvio nos propõe para a vida?
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