O Papa Francisco será sepultado, no próximo sábado (26), na Basílica de Santa Maria Maior, localizada no Centro de Roma.
O templo é uma das quatro Basílicas Papais da capital italiana e a mais antiga igreja do Ocidente dedicada a Virgem Maria, com a construção iniciada em 432 a partir de um milagre onde Nossa Senhora fez nevar durante o verão romano na área onde hoje está o prédio basilical.
O local do enterro foi escolhido pelo próprio Papa. “Sempre confiei minha vida e meu ministério sacerdotal e episcopal à Mãe de Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que meus restos mortais descansem aguardando o dia da ressurreição na Basílica Papal de Santa Maria Maggiore”, escreveu o Santo Padre em seu testamento.
Distante cerca de quatro quilômetros da Basílica de São Pedro, onde o pontífice está sendo velado, o templo está situado sobre o Monte Esquilino, uma das sete colinas de Roma. Na Roma Antiga, o local era utilizado para enterro de escravos e pobres.

Outros papas
Francisco será o oitavo pontífice a ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maior. O último deles havia sido Clemente IX, em 1669. Já o primeiro a eleger a Basílica mariana como local de seu sepultamento foi Honório III, em 1227.
Além deles, também estão enterrados nos locais os papas:

A sepultura do Papa Francisco
Na manhã desta quinta-feira (24), o Vaticano divulgou o projeto da tumba de Francisco, morto na última segunda-feira (21).
Feita em mármore proveniente da região da Ligúria, na Itália, a sepultura do Papa Francisco foi preparada em um nicho da nave lateral da Basílica de Santa Maria Maior, anteriormente utilizado para guardar candelabros. A tumba fica localizada entre a Capela Paulina, que abriga o ícone da Salus Populi Romani, e a Capela Sforza, um dos últimos projetos de Michelangelo.
Simples, a tampa do sepulcro possui 12 centímetros de altura, apresenta apenas a inscrição “Franciscus”, nome do pontífice em latim, conforme a tradição dos papas. Acima, na parede, uma reprodução de sua cruz peitoral, em dimensões maiores, compõe o projeto arquitetônico.
A pedido do pontífice, uma inscrição acima de sua tumba, presente deste 1615, será mantida. Ela recorda como o Papa Paulo V quis erigir a Capela Paulina para a veneração do ícone da Salus Populi Romani e recomenda a celebrações de ritos e cantos perpétuos em honra da Virgem Maria.

Salus Populi Romani
O local onde Francisco escolheu ser enterrado fica ao lado da Capela Paulina, que abriga o ícone da Salus Populi Romani. A tradição atribui esta pintura de 117 x 79 cm, a São Lucas, evangelista e patrono dos pintores.
Profundamente ligada à identidade romana, a obra apresenta a Virgem Maria em pé, segurando o Menino Jesus. A piedade popular afirma que, para salvar Roma da peste, o ícone foi levado em procissão por três dias pelas ruas da capital italiana.
As visitas de Francisco
Para venerar o ícone, Francisco visitou esta Basílica 126 vezes durante seu pontificado. A primeira delas, poucas horas após ser eleito, em 14 de março de 2013. A última, antes do início da Semana Santa, em 12 de abril deste ano.
A Salus Populi Romani já era venerada por Bergoglio muito antes dele se tornar pontífice. Quando era arcebispo de Buenos Aires e precisava ir a Roma, ele dedicava um período de sua agenda para rezar diante do quadro.

Relíquias
A cripta localizada abaixo do principal altar do templo, na Nave Central, abriga fragmentos da madeira da manjedoura onde, segundo a tradição, Jesus foi colocado na noite de seu nascimento. Por causa disso, o templo foi chamado de Sancta Maria ad Paesepem e passou a ser conhecido como a “Belém do Ocidente”. Recentes estudos dataram cientificamente as madeiras como referentes à época do nascimento de Cristo.
Outras relíquias também estão abrigadas no local. Entre elas, os corpos de São Matias e São Jerônimo, tradutor da Bíblia para a Vulgata. Destaca-se também o corpo de São Pio V, único papa entre os ali sepultados a ser canonizado, cujas relíquias estão expostas aos fiéis na Capela Sistina da Basílica de Santa Maria Maior.

Obras de arte
Além do seu significado religioso, a Basílica também chama a atenção pelo seu patrimônio artístico. Um dos arcos do templo é decorado com mosaicos preservados desde a fundação da Basílica, no século V, e apresentam a infância de Jesus. Ele se une a mosaicos paleocristãos e medievais, produzidos nos pontificados de Sisto III e Nicolau IV, respectivamente.
Outro destaque é o presépio de Arnolfo di Cambio, também custodiado nesta Basílica. Datado de 1291, o conjunto escultórico feito de mármore de Carrara é o primeiro presépio conhecido da história da arte.
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