Acolher bem também é evangelizar! O lema resume o sentido do Santuário Nacional, enquanto Casa da Mãe Aparecida. No culto, no anúncio, reflexão e celebração da Palavra, o lema qualifica a evangelização do Santuário. Também em relação às questões da cultura ecológica, a Casa da Mãe Aparecida está em sintonia eclesial com os cuidados pela Casa Comum na preservação do meio ambiente, proclamando o Evangelho da Criação. Até a arte pictórica da cúpula interna retrata os biomas da fauna e flora do Brasil, superpostas ao altar-mor da celebração.
Como discípulos e missionários de Jesus no contexto histórico que urge o zelo com a natureza, as convicções da fé podem ser mais influentes que as tentativas de consenso global sobre a Ecologia. As luzes da fé cristã inspiram a harmonia social e geram altos motivos para cuidar da natureza, integrar e unir as pessoas no esforço comum do desenvolvimento sustentável. São João Paulo II viu a vantagem de ser cristão para além da mera solidariedade humana. O Papa disse: “Os cristãos, em particular, advertem que sua tarefa no seio da criação e os seus deveres em relação à natureza e ao Criador fazem parte da sua fé”.
Na sua primeira Encíclica, nos idos de 1979, o mesmo São João Paulo II lamentava que a preocupação com o ambiente natural ocorria apenas em relação aos fins de uso e consumo imediatistas. Fazia-se urgente a conversão ecológica global! É louvável defender a Amazônia como um dos pulmões da biodiversidade do planeta, e denunciar as queimadas. Mas, urge também não ser ingênuo quanto às propostas de internacionalização da Amazônia, que só servem aos interesses econômicos das organizações internacionais. Nisso o Papa Francisco repete na Laudato Si, n° 38, a advertência do Documento de Aparecida, n° 86.
Em 2019, o Sínodo da Amazônia preconizou o conceito de pecado ecológico no seu Documento Final. “Propomos definir o pecado ecológico como uma ação ou omissão contra Deus, contra o próximo, a comunidade e o meio ambiente. É um pecado contra as gerações futuras e se manifesta em atos e hábitos de contaminação e destruição da harmonia do ambiente, de transgressões contra os princípios da interdependência e a ruptura das redes de solidariedade entre criaturas. É agressão à virtude da justiça.” A arte de Claudio Pastro sobre o Altar-mor da Casa da Mãe Aparecida retrata a rica biodiversidade brasileira, é um convite a adorar o Criador pelo mistério do Cristo Redentor que faz novas todas as coisas.
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