Revista de Aparecida

Com Maria, cuidar da vida humana, dom sagrado de Deus!

Escrito por Revista de Aparecida

09 OUT 2025 - 10H04 (Atualizada em 09 OUT 2025 - 10H27)

Thiago Leon

Querido Dom Orlando, Dom Geraldo. Aos queridos Padre Marlos, Padre Catalfo e todos os presbíteros religiosos, religiosas, seminaristas. Querido povo de Deus, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado!

Hoje nos reunimos aqui na casa da Mãe Aparecida, para louvar a vida, louvar o Deus da vida. Deus que cuida de cada um de nós, e quem ama, cuida, grande lição que podemos tirar desta noite.

Quem ama de verdade, cuida até o fim, e são tantas provas deste amor de Deus para nós, tantas provas que Ele nos deixou, e hoje estamos aqui, na casa da Mãe do Senhor, que Ele deixou para cuidar de todos nós. Quem de nós hoje não se sente amado, abraçado, por Nossa Senhora Aparecida?

Sempre quando encontro muita gente, nas peregrinações, nos santuários, eu penso, Dom Orlando, quanto sacrifício, para chegar até aqui, quantas coisas vocês tiveram que deixar, para estar aqui hoje. Pois saibam que Nossa Senhora vai acumulá-los de bênçãos e graças.

E a vida queridos irmãos, é um dom sagrado. O próprio autor da vida, quis ser cuidado, no seio da Virgem Maria. Olha que bonito, Senhor Todo-Poderoso, veio morar, habitar no ventre de Nossa Senhora.

E nesta noite nós queremos refletir, a palavra de esperança, seriam exatamente três dons, que derivam desse cuidado amoroso de Deus. Primeiro dom, da maternidade, da paternidade, que Deus nos deu. Segundo, o dom da filialidade, todos nos sentimos filhos, amados e amadas de Deus. E o terceiro dom, é o dom da fraternidade, onde nos sentimos irmãos uns dos outros, responsáveis uns pelos outros.

Primeiro se falarmos na paternidade, na maternidade, vimos aqui, emocionados. Como não se emocionar com aquelas mães, adentrando, trazidas pelas mãos de Nossa Senhora, com os seus filhos, com as lembranças de seus filhos? Pois bem, nós devemos acreditar nesta abertura para a vida, abertura de geração em geração.

O dom, o dom que Deus nos dá, de ser pai, de ser mãe, é um dom sagrado, não podemos deixar de lado. Só que a notícia não é boa para todos nós. Infelizmente, a cada ano queridos irmãos e irmãs, vem caindo a taxa de fecundidade no Brasil, chegamos ao menor patamar da nossa história, 1,5 filhos por mulher, em 2022, praticamente um filho por família.

Esse declínio populacional é muito sério, é muito grave, teremos consequências grandes sobre isso, e por isso hoje, aqui neste santuário, nós queremos falar do coração da mãe de Jesus, ao coração dos jovens casais, das novas famílias, não tenham medo de ter filhos!

Não tenham medo de abrir-se para a vida! Não há nada tão sublime, neste mundo, do que gerar uma nova vida, fruto do amor de Deus compartilhado, no amor do esposo e da esposa.

A mãe aparecida, faz hoje, um grande apelo no coração das famílias. Irmãos e irmãs, pais e mães, não substituam os filhos, por nada. Não substituam filhos, pelo dinheiro, não substituam filhos pelo conforto, não substituam filhos por pets. Nada disso vai suprir, a vocação de amar, de gerar e cuidar, daqueles filhos que Deus confiar a vocês. Digamos juntos, acolhamos os filhos que Deus nos confiar. Acolhamos os filhos que Deus nos confiar.

E uma palavra às mulheres, queridas mães, mulheres, como nós aqui não vamos agradecer a Deus, por Ele ter confiado às mulheres, o dom sublime de gerar a vida, obrigado Senhor, obrigado.

No ventre materno, pensem nisso, no ventre materno, Deus sopra a alma de cada ser humano, no instante da concepção. O ventre da mulher, é o primeiro santuário da vida, é o espaço onde o Criador, toca o mundo com o seu amor.

Na amamentação, Deus confiou a mulher a graça de nutrir e fortalecer a vida nascente, obrigado Senhor. Assim, Deus uniu a natureza feminina, com o dom da ternura, da doação, do cuidado, enfim o dom mais precioso que nós temos, que é a vida, Deus quis confiar aos cuidados das mulheres.

Oxalá a humanidade, o mundo inteiro, possa reconhecer a sublimidade da vocação feminina, e que toda mulher, em qualquer lugar do mundo, seja respeitada, valorizada e amada na sua dignidade. Que Deus, digamos juntos, que Deus abençoe as mulheres que geram a vida. Que Deus abençoe as mulheres que geram a vida.

Segundo Dom, a filialidade, Maria, mãe de Jesus, nos foi dada como nossa mãe, por isso somos filhos e filhas amados de Nossa Senhora. Ele reconheceu a grandeza de Nossa Senhora, ave cheia de graça, disse o anjo.

E em Maria, todos nós fomos acolhidos, nutridos, cuidados, pois no seu sim generoso, fomos gerados com Cristo, para uma nova vida. Obrigado Senhor, porque no amor da mãe aparecida, nós continuamos a sentir esse cuidado, esse carinho, a presença de Deus na nossa vida.

E esta é a mãe, a mãe do Deus menino, pequenino, que acompanha as nossas famílias, nas fugas e nos exílios dos tempos atuais, como vimos no Evangelho, com José fugindo para o Egito, ela sabe o que é proteger a vida ameaçada, Maria sabe e conhece a dor, de toda mãe que luta para salvar o seu filho.

Ela sabe dos perigos dos Herodes, que estão por aí, hoje em dia, semeando a cultura da morte. E como não falar de vida ameaçada, queridos irmãos e irmãs, quando estamos vendo acontecer no Brasil, a morte de crianças no ventre materno, por uma técnica chamada, assistolia fetal.

Vocês pensem, que o próprio Conselho Federal de Medicina, disse que é uma técnica, que nem em animais, se aplica, porque é muito dolorosa e causa muito sofrimento. Hoje, queremos fazer ecoar aqui deste santuário, o não, a técnica de assistolia fetal, que está matando crianças inocentes, no ventre de suas mães, com requintes de crueldade.

Que todas as instâncias, seja do executivo, do legislativo, do judiciário do nosso país, escolham a vida e não a cultura da morte.

E finalmente queridos irmãos, o dom da fraternidade, em Cristo, muitas mães se santificaram, muitas. Compreenderam o que é ser mãe, a sacralidade dos seus corpos, o poder do amor que gera, sustenta, oferecem a vida, mães santas e mártires. Santa Ana, Santa Perpétua, Santa Felicidade, Santa Emília de Cesareia, Santa Helena, Santa Mônica, Santa Rita de Cássia, Santa Zélia Guerrã, Santa Giana Bereta, tantas mães.

E aquelas também anônimas, que nós conhecemos, não são anônimas para nós, lá mãezinhas queridas, santas, do nosso dia a dia, que Deus certamente, já coroou no céu.

Mães que enfrentaram gestações difíceis, mas nunca desistiram da vida, mães que criaram sozinhas, os seus filhos, com trabalho e coragem, mães que cuidam com o amor dos seus filhos, com deficiência, espectro autista, e outras necessidades especiais, mães que rezam pelos filhos, que estão presos no vício, nas drogas, na violência, na criminalidade, mas a mãe rezando para a conversão dos filhos, mãe que mesmo esquecidas na velhice, também continuam amando os seus filhos, na mesma intensidade.

Todas elas irmãos e irmãs, e muitas provavelmente estão aqui, estão nos acompanhando, todas, encontram em Nossa Senhora, o consolo, a força que vem de Deus, pois Ele nos deu sua mãe. Mãe eis aí teu filho, filho eis aí a tua mãe.

Nesse dia do nascituro, quando lembramos a vida no ventre materno, tão pequena, tão frágil, tão preciosa. A igreja quer dizer sim ao Evangelho da vida, e sempre dirá não ao aborto, sempre.

A vida é dom de Deus, e é também um direito fundamental de todos nós, por isso queremos sair daqui com esse propósito, de sermos pró vida, pró vida desde a fecundação, até o fim natural.

E lembremo-nos do que nos disse, o Papa Leão XIV, nesses dias. “Temos que ter uma visão integral do ser humano”. Aquele que é contra o aborto, mas defende a pena de morte, não é pró-vida. Aquele que é contra o aborto, mas é indiferente ao sofrimento dos pobres, dos migrantes, também não é pró-vida.

Ser pró vida, é amar a vida inteira, em todas as suas fases, é cuidar do nascituro, é cuidar da criança, é cuidar do adolescente, do jovem, do idoso, do doente, do imigrante, do pobre.

Quem é pró vida, não pode ser seletivo, não pode ser preconceituoso, não pode ser racista, não pode ir contra os imigrantes. Ser pró vida, é defender a dignidade humana em cada etapa, com o mesmo amor que Deus tem para cada um. É dizer não ao aborto, mas também é dizer não ao feminicídio, à exploração sexual, à fome, à guerra, à eutanásia, a toda a cultura da morte.

Digamos juntos, queremos a cultura da vida. Queremos a cultura da vida. E portanto querida Mãe, Mãe Aparecida, nos ajude, nos ajude a cuidar da vida, como um dom sagrado mãezinha, um dom sagrado. Nos ajude a sermos guardiães, servidores, servidores da vida, mensageiros de paz. Que a vida, desde a concepção, até seu ocaso final, seja reconhecida como dom, dom de Deus, por isso que todos nós, sejamos defensores, promotores e cuidadores da vida, hoje e sempre. Amém.

Viva Nossa Senhora Aparecida! Viva! Viva a vida!

Fonte: Dom Ricardo Hoepers

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